APRESENTAÇÃO: ESQUERDA REFORMISTA ADERIU A POLÍTICA TRAIDORA DE ABBAS: “DEFENDER A PALESTINA” SEM A DEFESA DAS ORGANIZAÇÕES QUE OBJETIVAMENTE LEVAM O COMBATE CONTRA O ENCLAVE SIONISTA
A Editora Nova Antídoto publica o livro “A Nova Intifada como epicentro da revolução socialista mundial: Vitória militar para o Hamas, Jihad e Hezbollah para destruir o enclave sionista!” com uma coletânea de artigos elaborados pela LBI no curso da Guerra na Palestina. Nessa publicação pontuamos que a esquerda reformista mundial aderiu a política traidora de Abbas, o corrupto dirigente da ANP, na medida que esse arco proclama “Defender a Palestina” sem a defesa das organizações que objetivamente levam o combate contra o enclave sionista. No sentido oposto denunciamos que não basta clamar contra os bombardeios sionistas em Gaza, é imprescindível lutar de armas na mão pela vitória militar do Hamas, Jihad e Hezbollah, porque hoje a Palestina é o epicentro da revolução mundial!
Vários capítulos do livro estão dedicados as polêmicas com organizações políticas da esquerda do Brasil e a nível internacional, inclusive os revisionistas do Trotskysmo que apoiaram a farsesca “Primavera Árabe” patrocinada pela OTAN e a CIA e agora se dizem “defensores da Palestina”. Alertamos que somente em um mundo imaginário fora da luta de classes pode-se apoiar a resistência palestina estando junto com Israel para derrubar neste momento os governos nacionalistas dos países que fornecem armas para o Hamas e o Hezbollah, como é o caso do Irã e da Síria!
Por seu turno, o livro condensa o esforço da LBI ao fazer a mais ampla cobertura da esquerda trotskista mundial da Guerra na Palestina! Como uma organização militante revolucionária que se proclame como tal não poderíamos nos limitar a fazer uma cobertura “jornalística” dos fatos para meramente constatar o genocídio que vem sendo perpetrado pelas forças nazi-sionistas. É o que faz a quase totalidade das correntes da chamada esquerda mundial. Adotaram a postura do pacifismo pequeno-burguês, reivindicando unicamente o fim do massacre, limitando-se a fazer apelos impotentes e piedosos pela paz no Oriente Médio e a exigir da ONU e dos governos capitalistas, cúmplices da sangrenta carnificina, para que pressionem Israel. Esta postura tem como objetivo esquivar-se para não se posicionar em meio à guerra pela vitória militar da resistência palestina.
Denunciamos que os países imperialistas e seus vassalos, como o Brasil de Lula, classificam o Hamas como “terrorista” porque desta forma a Autoridade Palestina continua a ser o único “interlocutor apresentável”. O traidor Abbas é o único que se reúne com governos estrangeiros e mantém relações com o governo de Israel. Sobrevive politicamente não graças ao reconhecimento político do seu próprio povo, mas ao das grandes potências capitalistas.
Desgraçadamente a esquerda reformista segue como satélite dessa linha político-programático. Esse arco no mundo inteiro vem defendendo uma política derrotista em relação ao heroico combate político e militar travado pela Resistência Palestina para a destruição do enclave sionista de Israel. Tal espectro faz apologia da “Defesa do Estado Palestino” e do “Fim do genocídio sionista”, sem mencionar sequer o fato de que estamos em uma guerra justa de libertação justamente pela conquista do Estado Soberano e pelo fim do genocídio sionista que foi iniciado em 1948 e não em 2023!
Para os cretinos reformistas viciados crônicos em eleições burguesas, o fato da Resistência Palestina pegar em armas para atacar os verdugos sionistas do gendarme de Israel, não deve ser sequer mencionado, seguem nas passeatas levantando as bandeiras da “Paz” e pelo “Fim do conflito militar”. A questão é que a tão almejada “Paz” e “Fim do genocídio” só poderá vir com a derrota militar do enclave terrorista, assim como o nazismo só deixou de massacrar os judeus proletários quando foi derrotado militarmente pela União Soviética!
O momento da guerra contra o enclave de Israel exige cobrir de apoio militar a heroica Resistência Palestina, exigindo dos governos nacionalistas e anti-imperialistas armas e homens para se juntar ao combate do Hamas e da Jihad. Portanto chega a ser cômico, se não fosse trágico, pedir dos governos totalmente submissos ao imperialismo, ianque, como Lula e Fernández, que rompam relações com Israel…
Para impulsionar esse combate a LBI lançou um chamado às correntes políticas revolucionárias e anti-imperialistas que se postam em defesa da Palestina para a organização imediata e concreta de brigadas internacionalistas para combater pela derrota do enclave terrorista de Israel! Não serão nossas diferenças políticas com o Hamas, a Jihad e o Hezbollah que impedirão de nos somarmos a sua trincheira de luta contra o imperialismo e o sionismo! Somente nesse terreno comum de combate poderemos impulsionar a luta consequente por um programa comunista e proletário entre as massas insurretas do Oriente Médio que se levantam heroicamente contra o jugo do sionismo e do imperialismo, inclusive pressionando os governos da região a romperem os acordos com os EUA e Israel.
Diante de todo esse cenário dramático lançamos o livro “A Nova Intifada como epicentro da revolução socialista mundial: Vitória militar para o Hamas, Jihad e Hezbollah para destruir o enclave sionista!” como parte do combate pela derrota do enclave terrorista de Israel, como uma demonstração concreta da necessária e imprescindível unidade de ação contra o imperialismo e o sionismo!
OS EDITORES
NOVEMBRO 2023
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1 – É UMA GUERRA JUSTA DE LIBERTAÇÃO: OS MARXISTAS LENINISTAS ESTÃO NO CAMPO MILITAR DO HAMAS PELA DERROTA DO ENCLAVE SIONISTA DE ISRAEL!
2 – ISRAEL NÃO É UM PAÍS: É UM ENCLAVE MILITAR “ARMADO ATÉ OS DENTES” PELO IMPERIALISMO IANQUE
3 – REGIMES BURGUESES REACIONÁRIOS ÁRABES FINANCIAM A GUERRA PARA O ENCLAVE SIONISTA: NENHUMA CONFIANÇA NOS DEFENSORES DA “PAZ DO ÊXODO PALESTINO”
4 – NOVA INTIFADA É O EPICENTRO DA REVOLUÇÃO MUNDIAL: ASSIM COMO NA REVOLUÇÃO NICARAGUENSE EM 79, ORGANIZAR BRIGADAS INTERNACIONALISTAS PARA COMBATER ISRAEL!
5 – DEFENDER A REVOLUÇÃO DE OUTUBRO… É COMBATER NA TRINCHEIRA DA RESISTÊNCIA PALESTINA PELA SUA VITÓRIA MILITAR!
6 – DELEGAÇÃO DO HAMAS CHEGOU A MOSCOU PARA PEDIR APOIO AO KREMLIN: PUTIN QUE SE DIZ ANTI-IMPERIALISTA TEM OBRIGAÇÃO DE PRESTAR AJUDA MILITAR A RESISTÊNCIA!
7 – CRIMINOSO CERCO DE ISRAEL A GAZA É O SIMILAR HISTÓRICO DO CERCO NAZISTA A LENINGRADO: AVISO AOS “DESMEMORIADOS” REFORMISTAS, A URSS DERROTOU A ALEMANHA E A PALESTINA DERROTARÁ O ENCLAVE SIONISTA!
8 – OS CORROMPIDOS DA “AUTORIDADE NACIONAL PALESTINA”: SÃO A POLÍCIA SIONISTA NA CISJORDÂNIA CONTRA A NOVA INTIFADA
9 – PCO LAMBE AS BOTAS DE LULA, A CADELINHA DE BIDEN E NETANYAHU: ENQUANTO PIMENTA FAZ DEMAGOGIA DEFENDENDO GUERRA CONTRA ISRAEL…
10 – O MRT E A GUERRA NA PALESTINA: ORGANIZAÇÃO REVOLUCIONÁRIA OU ENTIDADE DE “APELO HUMANITÁRIO”? QUEREM CRIAR O ESTADO PALESTINO COM A REVOLUÇÃO ARMADA OU “PRESSIONANDO” A ONU COMO FAZ ABBAS?
11 – “ESQUERDA ON LINE” COM O SIONISMO: NEOLULISTAS DO PSOL DIZEM QUE É PRECISO “MEDIAÇÃO NO CONFLITO” E “CONDENAR O TERRORISMO”
12 – MORENISTAS DA IS/UIT, CS/CCRI E PSTU/LIT DIZEM APOIAR A RESISTÊNCIA: PORÉM JUNTO COM ISRAEL ESTÃO QUERENDO DERRUBAR OS REGIMES NACIONALISTAS DA SÍRIA E IRÃ QUE FORNECEM ARMAS AO HAMAS E HEZBOLLAH
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1 – É UMA GUERRA JUSTA DE LIBERTAÇÃO: OS MARXISTAS LENINISTAS ESTÃO NO CAMPO MILITAR DO HAMAS PELA DERROTA DO ENCLAVE SIONISTA DE ISRAEL!
A guerra em curso na Palestina levada a cabo pela heroica resistência nacional encabeçada pelo Hamas trata-se de uma genuína guerra justa de libertação, onde os grupos armados palestinos expressam a vanguarda da luta épica contra a ocupação sionista apoiada historicamente pelo imperialismo, independente do caráter teocrático de suas direções e mesmo de seu limitado programa! Nesse sentido, os setores de esquerda que se dizem “solidários à Palestina” não podem demonstrar apenas passiva “simpatia” a essa causa de libertação nacional contra o enclave de Israel armado até os dentes pelo Pentágono como fazem demagogicamente um amplo leque político. Nesses momentos cruciais da luta de classes é preciso escolher uma trincheira para combater efetivamente, por essa razão os Marxistas Leninistas estão no campo militar do Hamas pela derrota do enclave sionista de Israel. Qualquer outra posição vacilante representa um falso apoio a causa palestina e não se coloca no terreno da luta concreta por uma Palestina livre do jugo sionista!
O alvo de Israel neste momento é o conjunto do povo palestino e, em particular o Hamas, já que os bombardeios se concentram em Gaza, governada pelo grupo islâmico. Para derrotar a reposta militar de Israel é necessário armar o povo palestino e apoiar essa nova Intifada com o objetivo de destruir a máquina de guerra assassina, não patrocinando ilusões em “negociações de paz” que visam unicamente debilitar a resistência palestina frente os crimes bárbaros da ocupação sionista.
Como Marxistas Revolucionários nos colocamos incondicionalmente pela vitória militar do Hamas frente às forças imperialistas e sionistas, que preparam também a agressão do Irã. Os Trotskistas defendem a existência do estado nacional palestino e não uma mera ficção político-diplomática. Portanto, a única alternativa que poderá dar uma resolução cabal à legítima reivindicação nacional do povo palestino, assim como livrar as massas e trabalhadores da região de seus gigantescos sofrimentos há mais de um século, é a defesa de uma Palestina Soviética baseada em conselhos de operários e camponeses palestinos e judeus.
Mesmo postando-se incondicionalmente no campo de luta do povo palestino oprimido pelo imperialismo em sua justa aspiração nacional, ou seja, a conquista de uma pátria, os revolucionários internacionalistas não podem abster-se de levantar em alto e bom som que a forma mais consequente para lutar por uma pátria palestina passa por derrotar o imperialismo em seu enclave com o método da revolução socialista e pela instauração de uma ditadura do proletariado na Palestina, abrindo a perspectiva da formação de uma Federação Socialista das Repúblicas Soviéticas Árabes.
Esse eixo político-programatico comunista de forma alguma é um obstáculo para postar-se ombro a ombro com o Hamas na mesma trincheira de combate ao sionismo e o imperialismo! Muito pelo contrário, é uma tarefa elementar dos Leninistas lutar no campo militar dessas organizações nacionais palestinas como um passo para sua superação política, ganhado assim a confiança e o respeito da vanguarda do povo palestino!
A expropriação do grande capital sionista, alimentado em décadas pelo imperialismo ianque, impossível de ser conquistada sem a destruição revolucionária do Estado de Israel, garantirá a reconstrução da Palestina sobre novas bases socialistas, trazendo para seu povo o progresso e a paz tão almejada durante décadas de guerra de rapinagem imperialista nesta região onde historicamente vários povos já viveram com harmonia e solidariedade!
2 – ISRAEL NÃO É UM PAÍS: É UM ENCLAVE MILITAR “ARMADO ATÉ OS DENTES” PELO IMPERIALISMO IANQUE
As assassinas Forças de Defesa de Israel (IDF) receberam dos EUA um avião militar de carga com veículos blindados, anunciou esta quinta-feira (19/10) o Ministério da Defesa do sionosta. “Eles são transferidos para as FDI para substituir veículos danificados durante a guerra”, explicou ele. Ele acrescentou que faz parte de uma aquisição maior no valor de 400 milhões de shekels (cerca de US$ 100 milhões). Além disso, o Ministério observou que no futuro chegarão ambulâncias blindadas, caminhões e equipamentos de engenharia mecânica. Para os Marxistas Revolucionários a essência de todos os conflitos militares travados na região reside na própria arena da luta de classes internacional, sendo a existência de Israel, um enclave militar artificialmente implantado no coração do Oriente, fundamental na repressão dos interesses do imperialismo mundial em uma região estratégica, pelas reservas petrolíferas, para o funcionamento da economia capitalista no planeta. A caracterização de Israel como um enclave do imperialismo estabelecido contra a luta das massas árabes do Oriente Médio é fundamental para defendermos a sua destruição, como parte de um programa revolucionário para os trabalhadores palestinos.
Em 1917, com o objetivo de estabelecer uma ‘cabeceira de ponte’ na região, o governo inglês apoia a “construção do lar nacional para o povo judeu” na Palestina, através da célebre declaração de “Balfour”. Toda a região é repartida entre Inglaterra e França, através dos acordos secretos de “Sykes-Picot”, denunciados publicamente pelo partido bolchevique como a “partilha do covil sobre as nações oprimidas”. São desenhadas fronteiras, criados países artificialmente como a Transjordânia (atual Jordânia) em 1921, tudo em função dos interesses econômicos do imperialismo europeu.
Mas a Palestina é a única nação que permanecerá sem qualquer rasgo de autonomia, ou seja, uma nação sem Estado, sem fronteiras nacionais, ficando sob o mandato inglês, confiado pela Liga das Nações em 1922.
A partir daí o imperialismo britânico, através de magnatas do petróleo como o Barão de Rotchild, começa a financiar a emigração massiva de judeus na Palestina, que antes somavam apenas 25 mil, iniciando o processo de ocidentalização de um enclave, no meio do Oriente, em uma região que despontava pela riqueza do ouro negro e por sua localização estratégica do ponto de vista militar.
Com a ascensão do nazismo na Europa, em meados da década de trinta, o povo judeu assiste a vigorosa reaparição do antissemitismo na sua forma mais violenta.
Por sua vez, a União Soviética, dirigida pela burocracia stalinista, não mais representava uma alternativa de integração para o povo judeu. Muito pelo contrário, sob o tacão termidoriano, os revolucionários assistem ao renascimento do antissemitismo em uma forma que não deixava muito a dever aos velhos pogrons tzaristas.
Na década de trinta, ocorre o grande fluxo migratório; em 1935, os judeus na Palestina já somavam quase 400 mil. A cidade de Haifa, a beira do Mediterrâneo, mais parecia uma cidade completamente europeia, no meio da cultura milenar do deserto.
O objetivo imperialista inglês havia conseguido consolidar-se a passos largos. Os judeus, financiados com aportes massivos de capitais, formaram um verdadeiro Estado dentro do protetorado britânico na Palestina, inclusive com a criação de um exército próprio, as milícias do Irgun e Haganá encarregadas do extermínio de palestinos e árabes. Seu lema era “cem mil vidas árabes não valem a unha de um judeu”. O sionismo transformou-se na reprodução do nazismo contra os povos árabes em seu próprio território.
Neste mesmo ano, explode a grande revolta palestina, com a deflagração de uma greve geral, que durou quase um ano. Somente em 37, o governo inglês consegue uma trégua, em função da vergonhosa traição do alto comitê árabe. Neste período, é enviada da Inglaterra a “Comissão Peel”, encarregada de investigar os conflitos na região, concluindo pela primeira vez a necessidade da partilha da Palestina em dois Estados.
A iminente eclosão da II guerra mundial obriga a Inglaterra, ameaçada diretamente pelo nazismo, a procurar o apoio dos países árabes contra a Alemanha. Para atrair sua simpatia, em 1939, adota o chamado “livro branco”, limitando a entrada de judeus na Palestina.
Tarde demais, o imperialismo norte-americano, emergente no cenário mundial, abraça a causa sionista, passando a fornecer armamento pesado às milícias sionistas que ameaçam até o próprio exército inglês. Com a vitória dos aliados e o despontar da hegemonia norte-americana só resta à Inglaterra sua retirada do cenário. Nesse contexto “nasce” o enclave terrorista de Israel “armado até os dentes” pelos EUA.
Recuando um pouco na história da criação do Estado de Israel no território palestino, iremos compreender o real conteúdo desta operação, dirigida inicialmente pelo imperialismo inglês e finalizada pelo imperialismo ianque com o objetivo de estender definitivamente seu domínio sobre uma região estratégica, de vários ângulos: econômico, político e militar.
A maquiagem ideológica, que justificasse a criação de um país, a partir do quase nada, foi tomada emprestada ao movimento sionista pelo imperialismo britânico na primeira década deste século. O sionismo (referência à colina de Sion em Jerusalém) proclamava a necessidade de uma “regeneração” do povo judeu, que após a grande diáspora da Palestina, por volta do ano 70 da era cristã, teria se afastado de suas raízes produtivas, ligando-se exclusivamente as atividades comerciais e pecuniárias.
Theodor Herzl, um dos fundadores do movimento, propõe “a conquista do trabalho pelo povo judeu” no retorno “à terra prometida” já em 1901. Sob o slogan “uma terra sem povo para um povo sem terra”, os sionistas ‘esqueceram’ um ‘pequeno detalhe’, a existência de um milhão de palestinos que já habitavam aquela região há mais de 18 séculos!
O contexto histórico que marca a ascensão do sionismo é exatamente a profunda crise da economia capitalista, mergulhada em sua primeira grande guerra pela disputa de mercados, assistindo ao ressurgimento do nacionalismo exacerbado, colocando os judeus, particularmente os comerciantes e usurários em uma situação bastante delicada.
Por outro lado, a vitória da revolução russa colocava objetivamente a possibilidade da absorção da cultura milenar do povo judeu em um patamar muito superior ao capitalismo, a construção solidária e multiétnica de uma nova ordem social, pondo um fim à discriminação nacional assassina que imperava na velha Rússia.
O movimento sionista, que representa socialmente os interesses da grande e média burguesia judaica tenta responder a estas duas grandes questões – o colapso capitalista que elevava cada vez mais a segregação e o antissemitismo e, ao mesmo tempo, a necessidade de uma profunda demarcação com os revolucionários russos, que abriram a possibilidade de uma assimilação pela via do socialismo debutante justamente em um país largamente povoado por judeus.
Trotsky, desmascarando as tentativas de apresentação do sionismo, como um movimento de características comuns ao socialismo, o define como um instrumento que estava sendo utilizado pelo imperialismo inglês: “mas os fatos de cada dia nos mostram que o sionismo é incapaz de resolver a questão judaica. O conflito entre judeus e árabes na Palestina adquire um caráter cada vez mais trágico e ameaçador. Eu não acredito de forma alguma que a questão judaica possa ser resolvida nos quadros do capitalismo decadente sob o controle do imperialismo britânico” (León Trotsky, Sobre a Questão Judaica).
A vitória da aliança franco-britânica sobre os alemães e seus aliados, entre os quais a Turquia na Iª Guerra Mundial, torna o imperialismo inglês o grande herdeiro do imenso e secular Império Otomano, que engloba todo o Oriente Médio. Em 1917, com o objetivo de estabelecer uma ‘cabeceira de ponte’ na região, o governo inglês apoia a “construção do lar nacional para o povo judeu” na Palestina, através da célebre declaração de “Balfour”. Toda a região é repartida entre Inglaterra e França, através dos acordos secretos de “Sykes-Picot”, denunciados publicamente pelo partido bolchevique como a “partilha do covil sobre as nações oprimidas”. São desenhadas fronteiras, criados países artificialmente como a Transjordânia (atual Jordânia) em 1921, tudo em função dos interesses econômicos do imperialismo europeu.
Mas a Palestina é a única nação que permanecerá sem qualquer rasgo de autonomia, ou seja, uma nação sem Estado, sem fronteiras nacionais, ficando sob o mandato inglês, confiado pela Liga das Nações em 1922. A partir daí o imperialismo britânico, através de magnatas do petróleo como o Barão de Rotchild, começa a financiar a emigração massiva de judeus na Palestina, que antes somavam apenas 25 mil, iniciando o processo de ocidentalização de um enclave, no meio do Oriente, em uma região que despontava pela riqueza do ouro negro e por sua localização estratégica do ponto de vista militar.
Com a ascensão do nazismo na Europa, em meados da década de trinta, o povo judeu assiste a vigorosa reaparição do antissemitismo na sua forma mais violenta. Por sua vez, a União Soviética, dirigida pela burocracia stalinista, não mais representava uma alternativa de integração para o povo judeu. Muito pelo contrário, sob o tacão termidoriano, os revolucionários assistem ao renascimento do antissemitismo em uma forma que não deixava muito a dever aos velhos pogrons tzaristas. A Oposição Unificada de Esquerda, formada por Trotsky, Zinoviev e Bukarin, entre outros, era definida pelo stalinismo como “união de judeus sujos vendidos a Gestapo”. É neste marco que o sionismo, antes visto com muita desconfiança pelos trabalhadores judeus que o consideravam uma capitulação aos racistas, que preconizavam a expulsão dos judeus da Europa, vai afirmar-se como um grande movimento nacional de alcance de massas.
Na década de trinta, ocorre o grande fluxo migratório; em 1935, os judeus na Palestina já somavam quase 400 mil. A cidade de Haifa, a beira do Mediterrâneo, mais parecia uma cidade completamente europeia, no meio da cultura milenar do deserto. O objetivo imperialista inglês havia conseguido consolidar-se a passos largos. Os judeus, financiados com aportes massivos de capitais, formaram um verdadeiro Estado dentro do protetorado britânico na Palestina, inclusive com a criação de um exército próprio, as milícias do Irgun e Haganá encarregadas do extermínio de palestinos e árabes. Seu lema era “cem mil vidas árabes não valem a unha de um judeu”. O sionismo transformou-se na reprodução do nazismo contra os povos árabes em seu próprio território.
Neste mesmo ano, explode a grande revolta palestina, com a deflagração de uma greve geral, que durou quase um ano. Somente em 37, o governo inglês consegue uma trégua, em função da vergonhosa traição do alto comitê árabe. Neste período, é enviada da Inglaterra a “Comissão Peel”, encarregada de investigar os conflitos na região, concluindo pela primeira vez a necessidade da partilha da Palestina em dois Estados.
Com a vitória dos aliados e o despontar da hegemonia norte-americana só resta à Inglaterra sua retirada do cenário. A recém-fundada Organizações das Nações Unidas, substituta da antiga Liga das Nações, através da iniciativa dos Estados Unidos, e com o apoio entusiástico da URSS, decreta em 1947 a divisão definitiva da Palestina entre um Estado judeu e outro árabe palestino.
O stalinismo, após os acordos de Yalta, deixará o Oriente como uma área de influência do imperialismo ianque, além da consideração do sionismo, em sua versão trabalhista como um aliado político, com o qual desenvolverá uma frente popular em Israel. O velho partido comunista palestino logo mudará seu nome para israelense por considerar as massas árabes e palestinas como atrasadas e feudais.
Antes mesmo da oficialização do Estado de Israel, as tropas do Irgun retomam os massacres aos palestinos, como a chacina da aldeia de “Deir Yassin”. Era o prenúncio do terrorismo sionista que irá assolar o povo palestino até hoje.
Exatamente no dia da proclamação oficial do Estado de Israel, 15 de maio de 1948, é declarada a Iª guerra aos países árabes. O novo exército de Israel, agora batizado “Tzahal”, é abastecido belicamente pela Thecoslováquia (membro do Pacto de Varsóvia) e Estados Unidos. Conseguindo uma triunfal vitória, alarga, desta forma, em três vezes o seu território traçado inicialmente pela ONU. O Estado árabe palestino estipulado pelo plano de partilha não consegue sair do papel, já estava morto antes de nascer. Restando ao Egito à anexação da faixa de Gaza e à Jordânia a anexação da Cisjordânia. Um milhão e meio de palestinos deixam o agora chamado Estado de Israel, expulsos de suas terras sob o bombardeio da aviação sionista, espalham-se pelo Líbano, Egito, Jordânia, Síria. 600 mil palestinos permanecem no Estado sionista, sem nenhum direito civil, tratados como cidadãos de segunda categoria em seu antigo território nacional, servindo de mão de obra barata que irá mover a engrenagem capitalista do enclave militar de Israel.
3 – REGIMES BURGUESES REACIONÁRIOS ÁRABES FINANCIAM A GUERRA PARA O ENCLAVE SIONISTA: NENHUMA CONFIANÇA NOS DEFENSORES DA “PAZ DO ÊXODO PALESTINO”
Os Estados capitalistas árabes que normalizaram as relações com Tel Aviv já na década de 70 nos “Acordos de Camp David”, estão entre os principais contribuintes financeiros para o complexo militar-industrial sionista do enclave de Israel. Estes milhões de dólares estão agora fluindo para a guerra imperialista contra a Resistência Palestina.
Ao longo da sua curta história, o enclave sionista de Israel instigou atrocidades belicistas tanto contra o povo palestino como contra os estados árabes vizinhos, utilizando frequentemente sabotagem militar e armas químicas proibidas internacionalmente, como o fósforo branco, que agora foi utilizado contra Gaza e o Líbano nos últimos dias.
No meio da sua guerra terrorista em curso contra a Faixa de Gaza, o Estado de ocupação tem desfrutado de um arsenal militar sofisticado, principalmente aéreo, graças ao apoio imperialista, nomeadamente o de Washington, que orgulhosamente se autodenomina um defensor dos “direitos humanos globais”. Os flagrantes padrões duplos desta política cretina ianque são exemplificados por décadas de crimes de guerra documentados em países como o Iraque, o Afeganistão, o Vietnam, a Síria, o Líbano e outros.
Mas não são apenas os Estados ocidentais que sustentam hoje a capacidade militar de Israel. Uma análise aprofundada revela que uma parte significativa do financiamento para a indústria militar de Israel vem agora de países árabes que normalizaram as relações com o Estado de ocupação.
Os EUA são de longe o maior “benfeitor” de Israel, tendo fornecido 246 bilhões de dólares em ajuda militar e econômica desde o final da Segunda Guerra Mundial. Em 2016, o compromisso de Washington com Tel Aviv foi ainda mais solidificado sob a gerência do Presidente Democrata Barack Obama, com a assinatura do “memorando de compromisso” por 10 anos, prometendo espantosos 38 bilhões de dólares em ajuda militar ao enclave sionista.
Os Estados árabes signatários dos “Acordos de Abraham” surgem como o segundo maior grupo de países importadores de armas de Israel. Isto ilustra o nefasto papel significativo das monarquias árabes e dos regimes colaboracionistas como a Turquia e o Egito, desempenham como grandes contribuintes financeiros tanto para o complexo militar-industrial de Israel como para o crescimento de sua economia capitalista.
Em contraste com a cumplicidade das burguesias árabe e turca, que apoiam o setor militar de Israel, o Irã permanece como o único país da Ásia Ocidental que apoia a heroica Resistência Palestina. Este apoio resoluto contribuiu, sem dúvida, para a recente vitória estratégica notável da Resistência Palestina
Cinquenta anos após o audacioso ataque surpresa de 1973 lançado contra Israel pelos exércitos árabes liderados pelo Egito, desgraçadamente os governos burgueses neoliberais da região capitularam a “sedução” (corrupção) da governança global do capital financeiro, e passaram a colaborar em todos os terrenos com o imperialismo ianque e seu “porta aviões” sionista ancorado bem no centro da Palestina.
4 – NOVA INTIFADA É O EPICENTRO DA REVOLUÇÃO MUNDIAL: ASSIM COMO NA REVOLUÇÃO NICARAGUENSE EM 79, ORGANIZAR BRIGADAS INTERNACIONALISTAS PARA COMBATER ISRAEL!
Na guerra em curso na Palestina é fundamental estabelecer sem vacilações a unidade de ação política e militar com todos os adversários reais de Israel que estão no campo concreto de batalha em Gaza, na Cisjordânia, na Síria e no Líbano! Não basta apenas clamar contra os bombardeios sionistas em Gaza e declarar que “Defende a Palestina” como faz o grosso da esquerda, é imprescindível lutar de armas na mão pela vitória militar do Hamas, Jihad e Hezbollah, porque hoje a Palestina é o epicentro da revolução mundial! Para impulsionar esse combate a LBI lança neste momento um chamado as correntes políticas revolucionárias e anti-imperialistas que se postam em defesa da Palestina para a organização imediata e concreta de brigadas internacionalistas para combater pela derrota do enclave terrorista de Israel!
Assim como em 1979, durante a Revolução Nicaraguense, quando formou-se a Brigada Simón Bolívar para combater junto com a Frente Sandinista de Libertação Nacional pela derrota da sanguinária ditadura de Somoza sustentada pelos EUA agora mais do que nunca é nossa tarefa como internacionalistas e revolucionários organizar novamente brigadas que combatam ombro a ombro e na mesma trincheira com as organizações da resistência palestina pela derrota do enclave sionista assassino.
Não serão nossas diferenças políticas com o Hamas, a Jihad e o Hezbollah (assim como não foram com a FSLN) que impedirão de nos somarmos a sua trincheira de luta contra o imperialismo e o sionismo! Somente nesse terreno comum de combate poderemos impulsionar a luta consequente por um programa comunista e proletário entre as massas insurretas do Oriente Médio que se levantam heroicamente contra o jugo do sionismo e do imperialismo, inclusive pressionando os governos da região a romperem os acordos com os EUA e Israel.
A atual Intifada Palestina é sem dúvida um feio histórico na luta dos trabalhadores do planeta, o epicentro da revolução mundial! Se há um móvel revolucionário hoje no mundo é a luta heroica da resistência palestina contra Israel. Ela não é exatamente uma revolução aos moldes “clássicos” como concebem os Marxistas, porém o levante em Gaza está muito mais próximo de uma autêntica ação revolucionária das massas oprimidas do que a “distante” disputa de eleições no interior dos regimes capitalistas, respeitando a institucionalidade burguesa como vem fazendo o conjunto da esquerda domesticada pelo mundo afora, se corrompendo até a medula em verbas estatais nos gabinetes parlamentares que sustentam a democracia burguesa. Não por acaso, quando vemos um claro enfrentamento militar entre o Hamas e Israel, essa mesma esquerda eleitoralista se limita a defender a “paz”, a chamar genericamente “parem o genocídio e as bombas”, se manifesta para que a ONU “se pronuncie em favor de um cessar-fogo”… e não sae em defesa da vitória militar do resistência no campo de batalha contra o enclave terrorista. Essa conduta reflete a própria da integração completa dessa esquerda corrompida a Governança Global do Capital Financeiro que se mantém completamente distante do combate de classe pela revolução proletária mundial.
Seria mais cômodo em nome de uma falsa “ortodoxia marxista” e sob o pretexto de delimitar-se de correntes estranhas ao proletariado (como o fundamentalismo muçulmano personificado pelo Hamas) adotar a conduta de paralisia própria de muitos agrupamentos políticos ou mesmo de falsos “intelectuais marxistas” que não apontam nenhuma orientação política concreta para a luta na Palestina e nenhum guia prático para a ação das massas diante de seus opressores… sempre usando como pretexto que estamos a milhares de quilômetros do conflito.
Ao contrário dessa conduta covarde, em cada ato e manifestação de rua que a LBI vem participando, combinamos a defesa por posições programáticas principistas como a destruição de Israel e a reivindicação de uma Palestina Soviética com a defesa da vitória militar do Hamas, Jihad e Hezbollah! Sem atravessar o rubicão da fronteira de classe, chamamos a conformação de uma frente única de ação antiimperialista e contra o sionismo nos posicionando no campo militar correto da justa luta concreta na Palestina. Nesse sentido a conformação de brigadas internacionalistas de combate ao enclave sionista e de solidariedade ativa para com a resistência palestina é um impulso concreto nessa senda proletária para a revolução socialista!
No curso da guerra da Palestina a LBI vem tratando de estabelecer uma pedagógica delimitação político-programática com setores da esquerda que desgraçadamente se recusam a impulsionar uma ampla campanha de apoio ao Hamas, a Jihad, ao Hezbollah e ao conjunto da resistência palestina diante dos ataques do enclave sionista. Na condição de uma organização militante revolucionária não poderíamos nos limitar a fazer uma “cobertura” dos fatos para meramente constatar os horrores do massacre perpetrado pelas forças nazi-sionistas. Infelizmente é o que vem fazendo quase a totalidade das correntes da chamada esquerda mundial. Adotaram a postura do pacifismo pequeno-burguês, reivindicando unicamente o fim do massacre, limitando-se a fazer apelos impotentes e piedosos pela paz no Oriente Médio e a exigir da ONU e dos governos capitalistas (cúmplices da sangrenta carnificina) para que pressionassem Israel a parar sua ação militar. Esta conduta limitada não basta! Ela tem na verdade como objetivo esquivar-se para não se posicionar claramente em pela vitória militar da resistência palestina.
A LBI foi a primeira corrente política a pontuar a força da resistência palestina via o ataque histórico do Hamas a Israel em 07 de Outubro, assim como a caracterizar o atual empatanamento da “resposta” sionista, como prenúncio do desastre militar israelense no futuro. Estes elementos vêm desembocando em reveses políticos e militares inéditos para Israel na história do conflito árabe-israelense.
Diante de todo esse cenário dramático lançamos o chamado a organização imediata de brigadas internacionalistas para combater pela derrota do enclave terrorista de Israel, como uma demonstração concreta da necessária e imprescindível unidade de ação contra o imperialismo e o sionismo! Mãos à obra para organizar as brigadas internacionalistas em apoio a resistência palestina!
5 – DEFENDER A REVOLUÇÃO DE OUTUBRO… É COMBATER NA TRINCHEIRA DA RESISTÊNCIA PALESTINA PELA SUA VITÓRIA MILITAR!
Quando se completam os 106 anos da Revolução de Outubro comandada por Lenin e Trotsky, nós da LBI celebramos esta data de uma forma muito especial defendendo incondicionalmente a vitória militar da resistência palestina contra o enclave terrorista de Israel! Trata-se da posição nos legada por Trotsky em sua vida militante, como dirigente da URSS, membro da Oposição de Esquerda e depois fundador da IV Internacional. Por essa razão não nos admiramos que a burguesia não descanse em propagandear na mídia mundial vendida que o “comunismo morreu”, tentando para sempre espantar o espectro da sociedade sem classes defendida cientificamente por Marx e Engels assim como hoje acusa o Hamas e a Jihad como “grupos terroristas” quando na verdade ambos combatem o imperialismo e o sionismo, levando objetivamente uma luta concreta (para além de seus limitados programas) que mais se aproxima dos objetivos imediatos e históricos da revolução proletária, muito distante das disputas eleitorais no marco da democracia burguesa como faz a esquerda domesticada mundial em seus gabinetes parlamentares que se limita a atua dentro da institucionalidade burguesa através de inóquos chamados para que a ONU “convença” Israel a parar os ataque a Faixa de Gaza.
Se os capitalistas não se casam em tripudiar a obra de Lênin, Trotsky e do proletariado soviético com argumentos reacionários próprios das classes dominantes, a intelectualidade de “esquerda” (na verdade socialdemocrata) não fica distante, mesmo a que se reivindica “marxiana”. Em um terreno supostamente “mais elaborado” também é em geral crítica da experiência soviética, sempre que pode repudia em suas “cátedras” ou blogs o leninismo por seu “modelo” de partido “totalitário” comandado por “chefes infalíveis”, disciplinado de forma militar, dividido hierarquicamente entre “dirigentes e dirigidos”, uma conduta que supostamente segundo esses cretinos “esmagou a energia revolucionária do proletariado” pavimentando o caminho da ditadura sobre o proletariado.
O centralismo democrático, pilar mestre do Partido Bolchevique que garantiu a vitória de Outubro, é apresentado como um câncer burocrático responsável em última instância, segundo esses pústulas, pelo surgimento da URSS como um verdadeiro “cárcere dos povos”.
Esses senhores chegam a identificar o Leninismo com o stalinismo apesar de toda luta política e programática que o dirigente maior bolchevique levou no fim da vida contra a burocratização do Partido e do Estado, com revela seu Testamento Político. Por seu turno, os revisionistas do Trotskismo, apesar de comemorarem formalmente a vitória de Outubro, não souberam defendê-la quando atacada pelo bloco restauracionista comandado por Yelstin em agosto de 1991, ao contrário, se postaram no campo do imperialismo aplaudindo a queda do Muro de Berlim e o fim da URSS como uma “vitória revolucionária” porque esse “acontecimento histórico” debilitaria o aparato stalinista mundial. Aliás, “Muro” que estes renegados passaram décadas repetindo como papagaios da furibunda reação capitalista que se tratava da “vergonha” mundial da esquerda stalinista, uma propaganda voltada a atacar a própria URSS.
Ainda hoje celebram o fim da “Cortina de Ferro” atuando em uníssono com o capital, desta forma ajudaram a arrancar as conquistas operárias históricas de um terço da civilização humana, na destruição da URSS e em mais de uma dezena de Estados Nacionais onde a economia foi socializada com a extinção do mercado.
Como se observa, defender Outubro hoje não se trata de um gesto formal, de olhar de forma saudosista o passado, mas de forjar na atualidade a militância revolucionária com consciência de classe para defender a vigência ideológica, política e programática do Partido Leninista e o futuro comunista da humanidade, que hoje marcha a passos largos rumo a barbárie.
Nesta questão encontra-se o grande desafio dos genuínos Trotskistas hoje, que mesmo isolados em função da ofensiva ideológica, política e cultural em curso patrocinada pelo imperialismo mantém-se firmes na defesa de Outubro e da construção do Partido Mundial da Revolução Proletária!
Para celebrar o aniversário da Revolução de Outubro poderíamos escrever um longo texto descrevendo os fatos históricos e políticos que levaram o Partido Bolchevique ao poder em 1917. Não faltam “especialistas” no assunto, ainda que não apliquem uma vírgula do legado deixado por Lênin e Trotsky. Por esta razão, como uma corrente Leninista militante, optamos por ligar as lições de Outubro aos desafios do proletariado e sua vanguarda hoje, no Brasil e no mundo, até porque para as novas gerações o Estado operário soviético, liquidado em 1991, já não existe mais, sendo esse combate político e teórico a própria defesa concreta da revolução hoje.
Nesse sentido, a principal tarefa dos marxistas revolucionários reside justamente em reafirmar em pleno século XXI, contra todos os modismos adotados pela “esquerda” em geral e o revisionismo em particular, a vigência da construção do partido Leninista como núcleo de vanguarda comunista organizado e apoiado no armamento da classe operária, para tomar o poder da burguesia, condição essencial que levou a vitória do proletariado naqueles dias de 1917 e que se faz ainda mais necessária diante de uma conjuntura mundial absolutamente desfavorável para os trabalhadores em todo planeta.
Fazemos este alerta porque a melhor homenagem que podemos render a esse triunfo histórico do proletariado mundial, quase um século depois de ocorrido e quando a URSS já não existe mais, é fazer um balanço das lições programáticas que levaram ao fim do Estado Operário soviético pelas mãos dos bandos restauracionistas apoiados pelo imperialismo.
Desde já, aproveitamos a “oportunidade” para dizer que as mesmas forças políticas e sociais que festejaram a queda da pátria de Lênin, seja no campo burguês ou no terreno do revisionismo Trotskista, são as que em nome da “defesa de democracia”, saudaram a charlatanesca “Revolução Árabe” no norte da África e no Oriente Médio levada a cabo pela OTAN e seus mercenários “rebeldes”, além de mais recentemente defenderem o “Fora Maduro” na Venezuela junto com os manifestantes de direita, não por acaso financiados pelas mesmas potências capitalistas que apoiaram o mafioso Yelstin em 1991 como alternativa “democrática” à “ditadura stalinista”.
O fim da URSS, em 1991, foi sem dúvida a maior tragédia política para os trabalhadores de todo o mundo no século XX. A contrarrevolução que restaurou o capitalismo na União Soviética, abriu uma etapa histórica de um profundo retrocesso político e ideológico do proletariado mundial, marcado pela quebra das conquistas sociais dos trabalhadores em todo o mundo e pela ofensiva da recolonização imperialista cada vez mais amparada na agressão militar contra as nações oprimidas.
Vergonhosamente, a maioria da esquerda mundial, incluindo correntes pseudotrotskistas, saudaram a destruição do Estado operário e das conquistas sociais Revolução de Outubro como um fato progressivo, “uma grande vitória dos trabalhadores e do povo” (1991 – Um golpe de direita, disfarçado com a bandeira vermelha – sitio do PSTU 19/10/2011).
De fato, o que ocorreu na Rússia foi que o aprofundamento da política restauracionista, através da Perestoika de Gorbachev, fez que um setor da burocracia, encabeçado por Boris Yeltsin, rompesse com o PCUS para alçarem-se à condição de representantes diretos do imperialismo e candidatos a novos proprietários dos meios de produção, concluindo definitivamente o processo de restauração capitalista.
A tentativa de golpe do chamado Comitê Estatal de Emergência, foi último recurso de uma burocracia desmoralizada e sem apoio de massas, para assegurar os seus próprios privilégios de casta burocrática dirigente do Estado operário. Para as correntes revisionistas do trotskismo, em 1991 houve uma revolução, cuja vitória se consistiu em que “as massas conseguiram derrubar o regime e conquistaram liberdades democráticas” (Idem).
Com essa grotesca falsificação, apresentam uma contrarrevolução imperialista como se fosse a revolução política antiburocrática proposta por Trotsky, que nunca defendeu um regime de democracia burguesa como alternativa ao stalinismo, mas sim a democracia proletária, ou seja, a ditadura do proletariado exercida através dos sovietes, para assegurar as conquistas da Revolução de Outubro e impulsionar a revolução proletária mundial. Todo o malabarismo dos pseudotrotskistas para justificar seu apoio à destruição da URSS em nome das “liberdades democráticas”, só fazem revelar sua vergonhosa capitulação política ao imperialismo, da mesma forma como fazem hoje quando defendem com unhas e dentes a fantasiosa “Revolução Árabe”, dando coro à propaganda ideológica das grandes potências capitalistas e seus órgãos de inteligência.
Fizeram isto de forma criminosa contra a Líbia, um país semicolonial não alinhado, ao convocarem um movimento reacionário, armado e financiado pelo imperialismo, de “revolução democrática” levado a cabo pelos “rebeldes”. Na verdade, as correntes de esquerda que apoiaram descaradamente a intervenção imperialista na Líbia e hoje fazem o mesmo na Síria e no Irã, negam categoricamente as lições mais elementares da Revolução de Outubro, porque há muito abandonaram o leninismo e a estratégia da luta revolucionária pela conquista do poder pelo proletariado e se deixaram corromper pela mídia pró-império e pelos encantos da democracia burguesa.
Para essa escória, já não é mais necessário, como faziam os mencheviques e outras correntes oportunistas do século XX, apresentar a revolução democrática como uma etapa para chegar ao socialismo, pois, na atual etapa de reação política e ideológica, já fizeram da democracia dos ricos e instituições corruptas do Estado burguês o seu próprio objetivo.
Com posições abertamente pró-imperialistas as correntes pseudotrotskistas vão muito além do campo do revisionismo do marxismo, passando a estabelecer uma clara aliança com a reação capitalista das transnacionais do petróleo em sua ofensiva sobre os povos árabes.
Para os que acusaram a LBI de “capitular a Kadaffi” por defender a Líbia da agressão da OTAN em frente única com as forças que apoiavam o regime e agora fazem o mesmo na Síria, quando estamos contra a escalada terrorista dos mercenários que desejam derrubar o governo da oligarquia Assad para impor um títere da Casa Branca em Damasco, a escória política da mesma cepa dos que caluniavam Trotsky de capitular a Stálin, respondemos com as sábias lições nos deixada pelo “velho bolchevique”, plenamente válidas até nossos dias: “Stalin derrubado pelos trabalhadores: é um grande passo para o socialismo. Stalin eliminado pelos imperialistas: é a contrarrevolução que triunfa” (Em Defesa do Marxismo).
Estes revisionistas foram os mesmos que durante a destruição do Estado operário soviético pelo bando criminoso e restauracionista de Yeltsin saudaram o fim da URSS como uma “triunfante revolução democrática”, não tendo o menor descaramento de emblocarem-se com a contrarrevolução imperialista. Não por coincidência, cometeram hoje a mesma traição de ontem, ao renegarem a defesa incondicional da URSS.
Se colocaram ao lado da OTAN e de seus “rebeldes” mercenários na Síria e Irã em nome de derrotar as “ditaduras sanguinárias” no Oriente Médio, quando na verdade está em curso um processo de desestabilização dos decadentes regimes nacionalistas daquela região!
Como dizia Trotsky, “A emancipação dos operários não pode ser senão obra dos próprios operários. Não há, pois, crime pior do que enganar as massas, do que fazer passar as derrotas por vitórias” (A moral deles e a nossa, 09/1938). Para encobrir sua impotência diante dos acontecimentos, os revisionistas do trotskismo tentam vender as derrotas como vitórias.
Apresentaram a restauração capitalista na URSS e Leste europeu como revoluções e o crash de 2008 apontaram como sendo o próprio fim do capitalismo. Não tendo um Partido Revolucionário para sequer se defender, são os trabalhadores que pagam a crise da grande burguesia que usa as perdas de suas empresas para justificar uma apropriação inaudita de recursos estatais. Em que pese ser o epicentro da última crise, os EUA sequer perderão seu posto hegemônico na economia mundial, enquanto seu domínio estiver lastreado por seu poderio militar dominante, enquanto o proletariado estadunidense seguir intoxicado por sua própria burguesia através do Partido Democrata por reformistas (Sanders) e não poucos pseudotrotskistas que defendem o direito a existência do enclave sionista e se opõem à vitória militar dos povos oprimidos sobre os EUA.
Para Trotsky como para Lenin não há situação sem saída para o capitalismo, cujo único coveiro é a tomada do poder estatal pelos trabalhadores organizados em um Partido Comunista.
Para os autênticos Revolucionários Marxistas, que não se curvaram diante da ofensiva ideológica do imperialismo, cabe à tarefa de resgatar as tradições revolucionárias dos Bolcheviques e as lições da grande Revolução de Outubro como ferramentas elementares na construção do partido revolucionário para libertar o proletariado da influência dos agentes da burguesia e do imperialismo, colocando o movimento operário novamente sob a bandeira da revolução proletária mundial e do socialismo, esta incumbência destinada à reconstrução da IV Internacional.
Para tanto é necessário que a vanguarda da classe operária abstraia com toda perspicácia as lições das derrotas que o proletariado tem sofrido nas últimas décadas por causa precisamente da ausência de uma direção verdadeiramente revolucionária. A necessidade de derrotar o imperialismo faz da Revolução Bolchevique, mais do que nunca, uma referência para a luta dos trabalhadores de todos os países. Portanto, a tarefa que se coloca para os revolucionários de hoje, é resgatar o legado político e teórico de Lênin e Trotsky, para potenciar a vitória da revolução mundial imprimindo uma derrota definitiva ao imperialismo, abrindo o caminho ao futuro socialista da humanidade.
Todos estes elementos caóticos da Nova Ordem, obviamente elevam a tensão da luta de classes a um grau superior e colocam no horizonte a ameaça de uma guerra nuclear, a III Grande Guerra, uma extensão política e econômica da disputa feroz pelo controle dos mercados de consumo e das reservas naturais da terra. Somente a ação revolucionária da classe operária internacional poderá evitar a catástrofe que se avizinha, mas desgraçadamente as direções reformistas domesticadas só conseguem se “embriagar” pelo cretino jogo eleitoral, desde um pequeno município ou nos domínios “circenses” do monstro imperialista ianque.
Por fim, não podemos descartar que na evolução da crise capitalista, com os Democratas impondo a Nova Ordem Mundial do controle sanitário e isolamento social, os EUA venham a atravessar uma explosiva guerra civil.
A tarefa dos Marxistas Leninistas neste cenário de catástrofe e barbárie imperialista, deve ser a máxima agitação em torno de um móvel de poder estatal para a classe operária, rompendo qualquer ilusão do movimento de massas com a esquerda domesticada como fazemos hoje na Palestina!
A defesa do legado político e teórico de nosso chefe revolucionário é parte de nossas comemorações da Revolução de Outubro, a maior vitória do proletariado mundial na história, cuja tomada do poder pela classe operária contou com a direção, dedicação e a estratégia comunista firma de Lenin contra todas as variantes reformistas e mencheviques, um exemplo que nos guia até hoje, tanto que estamos pela vitória militar da resistência palestina!
Nossa luta cotidiana por manter firme a concepção Leninista de partido, tão atacada pelo revisionismo como “ultrapassada e totalitária”, é a prova viva de que esses princípios nos legado por Lênin desde a Rússia de 1917 estão válidos em toda sua plenitude como um modelo a ser seguido pelos revolucionários marxistas que não se adaptaram a democracia burguesa e continuam defendendo a destruição violenta e revolucionária do Estado capitalista para marchar na edificação de um Estado de novo tipo! Vida longa para o Bolchevismo!
6 – DELEGAÇÃO DO HAMAS CHEGOU A MOSCOU PARA PEDIR APOIO AO KREMLIN: PUTIN QUE SE DIZ ANTI-IMPERIALISTA TEM OBRIGAÇÃO DE PRESTAR AJUDA MILITAR A RESISTÊNCIA!
Uma delegação do Hamas desembarcou em Moscou na tarde da última quinta-feira para uma visita oficial ao Kremlin segundo a agência de notícias russa RIA. A delegação do Hamas é liderada por Musa Abu Marzuk, vice-chefe do Bureau Político do movimento de Resistência Palestina. “A delegação do Movimento se aproxima da posição do presidente russo Vladimir Putin, bem como os esforços ativos da diplomacia russa para acabar com a agressão sionista”, declarou o Hamas em seu comunicado. É sabido por todos que o governo Putin não declarou apoio ao Hamas na guerra contra o Estado terrorista de Israel, levantando a bandeira do “cessar fogo” imediatamente. Porém diante do genocídio praticado pelos covardes bombardeios aéreos do enclave sionista contra a população civil de Gaza, o Kremlin que diz impulsionar uma plataforma anti-imperialista no mundo, está diante de uma obrigação política e moral de fornecer armas e logística material a nova Intifada Palestina!
Abu Marzuk, “número dois” do Hamas e chefe do escritório de relações internacionais, já reuniu-se com o Vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Bogdanov. Durante várias semanas, a diplomacia da Rússia usou a sua posição na ONU para tentar encontrar uma saída de “acordo” para a agressão israelense contra Gaza. Moscou insiste na necessidade de um cessar-fogo rápido e da abertura de corredores humanitários para a entrega de ajuda, sublinhou recentemente Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Em resposta a chegada da delegação da Resistência Palestina em Moscou, o enclave de Israel “denunciou” histericamente o fato da “Rússia acolher membros terroristas do Hamas”. Desde o ano passado, o governo Putin reconheceu o Hamas como uma organização beligerante e interlocutora direta do povo palestino. Mas está é a primeira reunião oficial após a ofensiva de 7 de Outubro.
A estreita coordenação política entre Moscou e Teerã foi destacada como um esforço contínuo para tentar aproximar o Kremlin da Resistência Palestina.
A visita da delegação do Hamas a Moscovo não só aumentou as tensões entre a Rússia e Israel, mas também colocou em destaque as alianças estratégicas na região. Os Marxistas Leninistas que se colocaram desde o início da guerra incondicionalmente no campo militar da Resistência Palestina, reivindicam de todas as forças políticas do planeta, sejam estatais ou não, apoio material concreto a ofensiva armada do Hamas, Jihad e Hezbollah contra o enclave terrorista de Israel. Sem esse fundamental suporte internacionalista, será muito difícil derrotar o “Porta aviões” ianque, fantasiado de “nação sionista”, somente com “lamentações pacifistas”…
7 – CRIMINOSO CERCO DE ISRAEL A GAZA É O SIMILAR HISTÓRICO DO CERCO NAZISTA A LENINGRADO: AVISO AOS “DESMEMORIADOS” REFORMISTAS, A URSS DERROTOU A ALEMANHA E A PALESTINA DERROTARÁ O ENCLAVE SIONISTA!
O cerco assassino do exército sionista a Gaza, cortando o abastecimento total de energia, água, alimentos e remédios, é o equivalente histórico do cerco absoluto da cidade soviética de Leningrado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. De setembro de 1941 a janeiro de 1944, ou seja, durante quase 900 dias, a cidade berço da Revolução Russa sofreu um verdadeiro massacre das tropas nazistas que pareciam “invencíveis”.
Quase 600 mil cidadãos soviéticos foram mortos pelos bombardeios aéreos constantes e a implacável artilharia alemã. Entretanto sob o comando do general Júkov, as forças soviéticas romperam o bloqueio nazista, derrotaram e expulsaram a tropa de Hitler do território da URSS, mostrando ao mundo que o heroísmo de um povo, mesmo que em desvantagem bélica, pode derrotar os verdugos imperialistas. Hoje assistimos um duro cerco a Faixa de Gaza, onde o exército sionista bombardeia freneticamente por ar a população civil palestina, porém vacila por temor de uma derrota, uma massiva invasão por terra.
A esquerda reformista de todas as espécies, clama pelo fim dos bombardeios do enclave de Israel, porém é totalmente incapaz de apontar uma perspectiva de vitória para a Resistência Palestina… Talvez esses reformistas “desmemoriados” tenham que estudar um pouco de história para saber o que representa a imensurável força de uma causa justa e o que é capaz de fazer o heroísmo de um povo.
8 – OS CORROMPIDOS DA “AUTORIDADE NACIONAL PALESTINA”: SÃO A POLÍCIA SIONISTA NA CISJORDÂNIA CONTRA A NOVA INTIFADA
Enquanto o movimento de massas do mundo inteiro reage vigorosamente contra os crimes nazisionistas de Israel em Gaza, a Autoridade Nacional Palestina, liderada pelo corrupto Mahmoud Abbas, está presente na “administração mundial” da Cisjordânia para reprimir a rebelião do povo palestino. O mesmo se pode dizer do Fatah, o antigo partido político de Yasser Arafat que durante décadas dirigiu a luta do povo palestino contra a ocupação sionista.
Agora o Fatah está preso em uma política permanente de “negociação institucional” com os assassinos de Israel, uma posição de comprovada inutilidade, como mínimo! Esta política de traição, desgraçadamente também é seguida pela esquerda reformista internacional que clama pela “paz e mediação” com os carniceiros terroristas.
As guerras de libertação são necessárias, e os “compromissos” com os colonizadores imperialistas são um câncer no movimento de massas. O Fatah perdeu credibilidade e é lógico que outros tipos de organizações, como o Hamas ou a Jihad Islâmica Palestina tenham assumido o controle da resistência armada.
Após a ofensiva de 7 de Outubro, a Fatah e a Autoridade Nacional Palestina de Abbas destacaram-se pela sua ausência total no combate. Durante anos Abbas foi amplamente criticado pelos próprios palestinos, acusado de corrupção e cumplicidade com o enclave de Israel.
O Fatah ficou esgotado politicamente em 1993 com a assinatura dos “Acordos de Oslo” e a criação da Autoridade Palestina, uma espécie de “capitão do mato”, o que obviamente não conduziu a nenhum Estado Palestino soberano. O avanço contínuo dos colônias sionistas na Cisjordânia minou o legado da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e outros “herdeiros políticos” de Arafat. O seu partido renunciou à luta armada e reconheceu a legitimidade do Estado de Israel. Desde então, têm atuado como polícia municipal de Israel na Cisjordânia. Inclusive hoje as sondagens indicam que se convocassem eleições, o Hamas as venceria esmagadoramente, tal como venceu em Gaza em 2005.
O Fatah não desempenha o papel de mobilização política do seu povo, como desempenhou no passado, muito pelo contrário. Desde o primeiro momento, os palestinos na Cisjordânia saíram às ruas para mostrar o seu apoio a Gaza. As manifestações foram violentamente reprimidas tanto por Israel, com a detenção de mais de 4.000 ativistas, como pela Autoridade Nacional Palestina, foi logo acusada de colaboracionismo com os nazisionistas.
Os países imperialistas e seus vassalos, como o Brasil de Lula, classificam o Hamas como “terrorista” porque desta forma a Autoridade Palestina continua a ser o único “interlocutor apresentável”. O traidor Abbas é o único que se reúne com governos estrangeiros e mantém relações com o governo de Israel. Sobrevive politicamente não graças ao reconhecimento político do seu próprio povo, mas ao das grandes potências capitalistas.
Abbas faz declarações para tranquilizar os imperialistas, embora condene retoricamente o bombardeio sionista sobre Gaza, adere à “legalidade internacional” e renuncia à luta armada contra o enclave sionista. Abbas também afirma cretinamente que a OLP é o único “representante legítimo do povo palestino” e que “as políticas e ações terroristas do Hamas não representam o povo palestino”.
Onde organizações traidoras, como a Fatah e a OLP, capitulam diante de Washington, surgem as revolucionárias como o Hamas. Agora é necessário que abandone o seu caráter fundamentalista islâmico para abraçar a causa socialista, como a fez no passado a OLP de Arafat e que tragicamente deu um vergonhoso passo história para trás!
9 – PCO LAMBE AS BOTAS DE LULA, A CADELINHA DE BIDEN E NETANYAHU: ENQUANTO PIMENTA FAZ DEMAGOGIA DEFENDENDO GUERRA CONTRA ISRAEL…
O corrompido Rui Pimenta faz demagogia defendendo que “Todos os países oprimidos devem entrar em guerra com Israel” apenas para enganar tolos e desavisados… mas de fato o PCO é um “lambe botas” de Lula, cujo governo atua como uma verdadeira cadelinha de Biden e Netanyahu, se alinhando com o imperialismo ianque e o sionismo contra a resistência palestina. O farsante Pimenta declara em seu artigo distracionista que “O Brasil deveria romper imediatamente relações com Israel e iniciar uma articulação de países que defendem a Palestina”. Longe disso, no mundo real, a gestão burguesa de Lula&Alckmin vota na ONU para condenar o Hamas e se solidariza com Israel, defendendo o cerco assassino do enclave sionista a Faixa de Gaza. Obviamente com essa política vassala de Lula o Brasil não apoia os países que fornecem armas e munições para o Hamas, ao contrário, o capacho governo da Frente Ampla se alinha com os EUA e Israel para impedir que a resistência palestina seja vitoriosa. Rui Pimenta pare de copiar as posições da LBI na guerra contra Israel e assuma abertamente sua condição de “lambe botas” do governo Lula!
O corrompido PCO também lançou um chamado patético implorando que Lula “fique com os palestinos”, mas o velho pelego traidor é um serviçal “poodle” de Biden e Netanyahu, o petista pró-imperialista é um defensor do enclave terrorista de Israel, tanto que declarou uma nota oficial se solidarizando como os sionistas em que afirma “Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas. Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas”.
Frente a essa conduta abertamente pró-sionista o venal Rui Pimenta declara docilmente que “A postura do presidente, desta vez, não foi positiva”, em uma prova evidente que o PCO que recebe as “migalhas” da SECOM para defender Lula e não pode denunciar a conduta calhorda do governo burguês da Frente Ampla, se limitando apenas a pedidos patéticos e lamúrias diplomáticas atuando como um vassalo do petista alinhado a Biden e Netanyahu contra a heroica resistência palestina!
10 – O MRT E A GUERRA NA PALESTINA: ORGANIZAÇÃO REVOLUCIONÁRIA OU ENTIDADE DE “APELO HUMANITÁRIO”? QUEREM CRIAR O ESTADO PALESTINO COM A REVOLUÇÃO ARMADA OU “PRESSIONANDO” A ONU COMO FAZ ABBAS?
As manchetes estampadas no site “Esquerda Diário” do MRT mais se parecem a de um portal de notícias de uma entidade de “apelo humanitário” do que as posições expressas por uma organização que se proclama revolucionária. Isso porque a política do MRT está voltada a “pressionar” por um Estado Palestino cercado do gendarme de Israel armado até os dentes como faz o corrompido Abbas na ONU, com o MRT copiando a política da impotente Autoridade Nacional Palestina (ANP) que se nega a lutar pela vitória militar da resistência palestina contra o enclave terrorista de Israel porque não deseja romper seus acordos com o imperialismo ianque e a União Europeia.
O MRT, reproduzindo a política do PTS argentino que está completamente refém do eleitoralismo e do pacifismo pequeno-burguês, não apoia o combate armado dos grupos palestinos contra Israel, optando vergonhosamente apenas por “condenar o genocídio” na medida que não luta na trincheira do Hamas, da Jihad e do Hezbollah contra Israel e os EUA. Não por acaso esse grupo revisionista noticia diplomaticamente que “Israel admitiu bombardeio em campo de refugiados de Jabalia deixando mais de 50 mortos” (Esquerda Diário, 31/10) se dedicando a “choromingar” contra o genocídio, não se postando na trincheira da resistência!
O MRT integra o arco político reformista que se limita a “pressionar” para que Israel deixe de bombardear Gaza por “razões humanitárias” justamente porque não luta pela derrota da militar da máquina de guerra sionista para não se chocar com a “opinião pública” pequeno-burguesa que rechaça qualquer organização revolucionária que defende pegar em armas contra Israel!
11 – “ESQUERDA ON LINE” COM O SIONISMO: NEOLULISTAS DO PSOL DIZEM QUE É PRECISO “MEDIAÇÃO NO CONFLITO” E “CONDENAR O TERRORISMO”
O artigo asqueroso publicado pelo site “Esquerda on Line” do grupo Resistência do PSOL é a expressão do alinhamento dessa corrente política corrompida até a medula pelo governo Lula&Alckmin com o sionismo, tanto que expressa nas publicações assinadas pelo venal Valério Arcary as posições oficiais do Palácio do Planalto, apresentando o Brasil como “mediador do conflito” e obviamente “condenando o terrorismo” quando se refere as justas ações do Hamas e da resistência palestina contra o enclave terrorsita de Israel!
Não por acaso o cínico Arcary afirma “Palavras de ordem radicais pedindo o fim do Estado de Israel não nos torna mais ou menos revolucionário. Exaltar a violência revolucionária não nos torna mais ou menos recuados. É preciso saber a tática correta para o momento correto. No momento atual é preciso lamentar e condenar a morte de civis inocentes, buscar se diferenciar do Hamas”… todo um palavreado domesticado voltado a atacar a resistência palestina e defender a posição vassala do governo Lula na ONU que se coloca fielmente ao lado de Israel e dos EUA.
Em um tom capacho que copia a posição do Itamaraty, o Esquerda onLine afirma “Acreditamos que a luta em nosso momento é para convencer mais e mais pessoas da necessidade de se ter um cessar fogo na região. É possível construir um movimento amplo e massivo pelo fim dos bombardeios e violência do Estado de Israel sobre a população civil em Gaza e na Cisjordânia e pelo fim do regime de appartheid em Israel. Não podemos confundir nossa linha programática para a situação Palestina-Israel com a linha política para o momento atual, implementando a primeira sem nenhuma mediação com o mundo exterior e a correlação de forças”. Como vemos em tom “diplomático” conclama a esquerda brasileira a não se postar pela vitória militar do Hamas, apenas clamando por um cessar fogo como propõe Lula, visando um “corredor humanitário” que significa apoiar a limpeza étnica promovida por Israel, forçando o deslocamento dos palestinos da Faixa de Gaza para o um campo de refugiados no Egito, como defende inclusive Biden, um caminho para debilitar a luta contra Israel em um falso enredo “humanitário”!
Em tom escandaloso, Esquerda onLine quer nos que convencer que “a esquerda brasileira deve ter responsabilidade e hierarquizar por palavras de ordem pela paz, cessar fogo e fim do genocídio do palestino. Denunciando o apartheid e a colonização. Colocando que o povo palestino tem direito a ter seu Estado-Nação. O centro deve ser a denúncia da guerra e do massacre cometido pelo Estado de Israel, palavras de ordem que mais parecem que se está reforçando a necessidade do conflito por parte do povo palestino não ajudam a romper o muro ideológico e ganhar mais pessoas para nosso lado. A esquerda deve condenar o terrorismo como estratégia política por quê tem como objetivo promover mortes indiscriminadas. Terrorismo e fundamentalismo religioso não podem ser tolerados pelos marxistas”. Como vemos essa posição calhorda condena o Hamas e defende que não se deve atacar Israel, o verdadeiro enclave terrorrista que mata milhares de palestinos ano após anos, uma verdadeira máquina de guerra armada pelos EUA que vem expulsando o povo palestino de seu território histórico!
Por fim, o trânsfuga Valério Arcary assume “oficialmente” a função de conselheiro do governo burguês de Lula ao declarar “No campo da política estatal, devemos cobrar que o governo brasileiro, que exerce a atual presidência do Conselho de Segurança da ONU, desempenhe papel de mediação no conflito em Gaza e siga a tradição da política externa brasileira de defender a soberania e autodeterminação dos povos, denunciando e condenando os ataques de Israel. O Brasil deve reativar o Comitê Especial contra o apartheid que pode ter papel fundamental na denúncia dos crimes do regime racista do Estado de Israel”. Nada mais vergonhoso que copiar a própria política do vassala do Itamaraty que condena o Hamas como terrorista e defende a “paz dos cemitérios” que Lula reivindica na ONU!
12 – MORENISTAS DA IS/UIT, CS/CCRI E PSTU/LIT DIZEM APOIAR A RESISTÊNCIA: PORÉM JUNTO COM ISRAEL ESTÃO QUERENDO DERRUBAR OS REGIMES NACIONALISTAS DA SÍRIA E IRÃ QUE FORNECEM ARMAS AO HAMAS E HEZBOLAH
A resistência palestina encabeçada heroicamente pelo Hamas desferiu um ataque político e militar histórico contra o enclave terrorista de Israel nos últimos dias. Essa ação espetacular palestina teve o apoio do Irã e da Síria que forneceram armas e munições para o Hamas assim como ao Hezbolah em sua luta contra a ocupação sionista no Líbano. Diante da intensa polarização da luta de classes a nível mundial os Morenistas da IS/UIT, CS/CCRI e PSTU/LIT declararam “de boca” que apoiam a resistência palestina. O que esses revisionistas do trotskismo cinicamente não dizem é que juntos com Israel estão querendo derrubar os regimes nacionalistas da Síria e do Irã, os mesmos que apoiam militarmente a épica resistência palestina. Essas correntes pseudo-trotskistas consideram que esses dois países são governados por “ditaduras sanguinárias”, copiando como papagaios a cantilena da mídia corporativa, a mesma que patrocinou a farsa da Pandemia de Covid-19 com suas “milagrosas” vacinas experimentais da Pfizer para impor o terror sanitário no planeta. O grupo mais entusiasta dessa política é a CS/CCRI. A CS da Argentina publicou vários artigos dias antes dos ataques do Hamas contra Israel com o chamado à derrubar tanto o governo Assad como o Regime dos Aiatolás. Essa orientação suicida rompe com legado de Trotsky que defendeu incondicionalmente a frente única contra o imperialismo (e obviamente para derrotar o sionismo!), mantendo a independência política na mesma trincheira de combate para enfrentar o inimigo comum, sem abrir não de colocar-se ombro a ombro de fuzil na mão com essas direções burguesas, sejam estatais ou não!
Na declaração “Solidariedade com as mobilizações sírias contra Al Assad – Declaração conjunta UIT-CI e Corrente Comunista Revolucionária Internacional” publicada em 18/09, ou seja, poucos dias antes do início da Intifada Palestina encabeçada pelo Hamas, grupo islâmico que recebe armas da Síria e do Irã, a CS/CCRI afirma “Damos o nosso apoio incondicional aos protestos massivos do heroico povo sírio pelas suas reivindicações. Apoiamos estes protestos populares na perspectiva de que o povo sírio possa retomar o caminho aberto na revolução popular de 2011 para acabar com a ditadura e autodeterminar-se através da conquista do seu próprio governo”. Tal declaração segue uma linha análoga a defendida por Israel e os EUA, que planejam derrubar os regimes nacionalistas na Síria e no Irã patrocinando protestos no interior desses países! Somente em um mundo imaginário fora da luta de classes pode-se apoiar a resistência palestina estando junto com Israel para derrubar neste momento os governos nacionalistas dos países que fornecem armas para o Hamas e o Hezbolah!
Seguindo os passos dos outros membros da “família” Morenista conformada pela LIT e a UIT que também lançaram declarações em apoio aos protestos no Irã e na Síria, a CS afirma “Fora o regime dos aiatolás iranianos, assassinos de mulheres e do seu povo” (22/09), reivindicando a queda do regime iraniano, acusado por Israel e os EUA de fornecer treinamento militar e armas para o Hamas! A CS declara “Os trabalhadores e os povos oprimidos do Irã devem unir-se numa grande luta para acabar com a ditadura e impor uma solução democrática, através da qual os responsáveis por estes crimes sejam duramente julgados e punidos”. Biden e Netanyahu desejam ardorosamente para que a política da CS se concretize no Irã, dessa forma a resistência palestina perderia um aliado estratégico. Tais manifestações são desgraçadamente parte da guerra híbrida do imperialismo ianque e do sionismo contra o regime dos Aiatolás.
Na ausência de um partido revolucionário com peso de massas que desse um curso proletário aos protestos no Irã (hoje claramente manipulados pela CIA), a vitória das manifestações levaria a ascensão de um governo certamente bem mais alinhado à Casa Branca e Israel, inimigos mortais da causa palestina e da revolução socialista, portanto seria uma revés para a luta de libertação nacional palestina e para a estratégia comunista!
Em oposição completa a linha defendida pela “Família Morenista” a LBI compreende que oligarquia Assad dominante na Síria há várias décadas, controla um regime que representa uma verdadeira barreira de contenção ao expansionismo estatal sionista. Humilhado com as derrotas sofridas nas guerras contra Israel, chegando a perder parte do seu território, como as colinas de Golan, o regime Assad dedicou-se a apoiar as guerrilhas árabes anti-sionistas, como uma forma de estabelecer uma guerra não convencional com Israel, no sentido de pressionar pela devolução de seus territórios ocupados até hoje pelas forças do gendarme imperialista.
A eliminação do apoio logístico e político as guerrilhas do Hezbolah e do Hamas dado pela Síria (como defende a CS, PSTU e IS) é considerado um ponto de honra pelo staff sionista, que colocou seu aparelho de segurança militar inteiramente à disposição da oposição aos Assad. O proletariado mundial tem um campo político bem delimitado neste conflito, qual seja do lado dos combatentes palestinos e libaneses, seja ao lado do Irã e da Síria.
Os próprios combatentes palestinos, que já combateram no passado o regime burguês sírio, sabem muito bem que Assad deposto por forças pró-sionistas, como esta oposição “democrática”, significa uma vitória para Israel e um tremendo reforço na marcha imperialista para atacar o Irã, com um “corredor” aberto na Síria.
Por sua vez no caso do Irã, os genuínos Trotskistas não irão alterar sua posição programática em defesa do regime dos Aiatolás contra o imperialismo ianque e o sionismo em nome de uma “solução democrática” como defende vergonhosamente a CS e seus pares Morenistas. Não apoiaremos nenhuma manifestação pela “democracia no Irã”, no curso de uma suposta “revolta popular” (induzida pela CIA). Não custa lembrar que o enclave genocida de Israel é o principal inimigo do Regime dos Aiatolás na região, em função do apoio militar e político que Teerã tem dado ao Hamas e ao Hezbolah.
Os Marxistas Leninistas não têm a menor dúvida de que lado se postar caso se deflagre um conflito militar entre a nação oprimida do Irã e o imperialismo ianque/sionismo. Estaremos incondicionalmente ao lado do regime dos Aiatolás contra a Casa Branca, apesar do caráter burguês e teocrático do governo iraniano. Assim como na Síria, os Bolcheviques estabelecem uma frente única de ação com o nacionalismo burguês para derrotar o principal inimigo dos povos, o imperialismo!
Não esqueçamos que o objetivo central do Pentágono continua a ser desestabilizar a Síria para neutralizar o regime da oligarquia Assad, debilitar o Hezbollah, aniquilar a resistência palestina encabeçada pelo Hamas e seguir sem maiores obstáculos em seu plano de atacar Irã.
Sempre declaramos que os revolucionários não são partidários do Regime dos Aitolás no Irã, embora reconheçamos os avanços anti-imperialistas conquistados pelas massas em 1979. Sempre alertamos que a burguesia iraniana, diante de seu isolamento internacional e das sanções impostas pela ONU, estava buscando um acordo estratégico com o imperialismo ianque e europeu. Agora essa etapa se rompeu. O imperialismo ianque e Israel exigem a rendição completa do Irã, perspectiva que sofre grande resistência interna, particularmente pelas massas iranianas que viram a barbárie imposta à Líbia e a destruição em curso na Síria.
O fato desses países serem controlados por regimes burgueses nacionalistas atacados abertamente pelos EUA e Israel e que são apoiadores da causa palestina impõe ainda mais relevância nesta tarefa para os genuínos trotskistas. Não esqueçamos o que se sucedeu na Líbia de Kadaffi, onde a tal “Revolução Árabe” impôs a barbárie social e a retomada do controle pelo imperialismo ianque de partes importantes do país do Magreb africano imerso até hoje em uma guerra civil fratricida, “levante” patrocinado artificialmente pela OTAN e a CIA com o apoio entusiasta dos Morenistas.
Frente a esta situação, defendemos integralmente o direito deste país oprimido a possuir todo arsenal militar atômico ao seu alcance. É absolutamente sórdido e cretino que o imperialismo ianque e seus satélites pretendam proibir o acesso à tecnologia atômica aos países que não se alinham com a Casa Branca, quando esta arma “até os dentes” Estados gendarmes como Israel com farta munição atômica.
Como Marxistas Revolucionários não dissimulamos em um só momento o caráter burguês e obscurantista do regime nacionalista do Irã. Mas estes fatos em nada mudam a posição comunista diante de uma possível agressão imperialista contra uma nação oprimida. Não nos omitiremos de estabelecer uma unidade de ação com o Regime dos Aiatolás, diante de uma possível agressão imperialista. Por esta mesma razão, chamamos o proletariado persa a construir uma alternativa revolucionária dos trabalhadores que possa combater consequentemente o imperialismo e o sionismo pavimentando o caminho nesta trincheira de luta em defesa de um programa comunista e proletário como nos ensinou Trotsky quando deu como exemplo a hipotética unidade de ação com Getúlio Vargas no Brasil para derrotar o imperialismo britânico.
Como o grande revolucionário Trotsky afirmou no final dos anos 30 “Estaremos incondicionalmente com o fascismo de Vargas contra uma intervenção imperialista no Brasil!”. O fundador do Exército Vermelho não tinha nenhuma simpatia por Vargas (como não temos hoje pelo odiado Bolsonaro) porém afirmou exaustivamente que diante de um confronto entre o Imperialismo “democrático” e o “semi-fascista” Getúlio cerraria fileiras com este último.
Trotsky definiu brilhantemente a possibilidade de uma hipotética derrota do “Brasil fascista” diante da “Inglaterra democrática” e como ele os Trotskistas da LBI não têm dúvidas de que lado ficar em um conflito desta dimensão. O velho mestre nos apontava esse caminho com muita clareza e sem malabares políticos acerca de que lado estariam os revolucionários no caso de uma possível invasão de um país semicolonial pelo imperialismo: “Existe atualmente no Brasil um regime semi-fascista que qualquer revolucionário só pode encarar com ódio. Suponhamos, entretanto que, amanhã, a Inglaterra entre em conflito militar com o Brasil. Eu pergunto a você de lado que do conflito estará a classe operária? Eu responderia: nesse caso eu estaria do lado do Brasil ‘fascista’ contra a Inglaterra ‘democrática’. Por que? Porque o conflito entre os dois países não será uma questão de democracia ou fascismo. Se a Inglaterra triunfasse ela colocaria um outro fascista no Rio de Janeiro e fortaleceria o controle sobre o Brasil. No caso contrário, se o Brasil triunfasse, isso daria um poderoso impulso à consciência nacional e democrática do país e levaria à derrubada da ditadura de Vargas. A derrota da Inglaterra, ao mesmo tempo, representaria um duro golpe para o imperialismo britânico e daria um grande impulso ao movimento revolucionário do proletariado inglês. É preciso não ter nada na cabeça para reduzir os antagonismos mundiais e os conflitos militares à luta entre o fascismo e a democracia. É preciso saber distinguir os exploradores, os escravagistas e os ladrões por trás de qualquer máscara que eles utilizem!” (Entrevista com Leon Trotsky, Mateo Fossa, 23/9/1938).
Seguindo esse legado, sem depositar nenhuma confiança política no regime Assad ou mesmo dos Aitolás, os Marxistas Leninistas lutam ombro a ombro, na mesma trincheira militar, com todas as forças políticas e militares que se proponham a derrotar a ocupação sionista e o imperialismo… enquanto a CS e seus “irmãos” Morenistas se perfilam juntos de Israel e dos EUA contra a Síria e o Irã, aliados da resistência palestina!