A CIA RETORNARÁ SUAS OPERAÇÕES “ENCOBERTAS” SOB A GERÊNCIA REPUBLICANA DA CASA BRANCA: O COMANDO DO DEEP STATE ESTÁ MUITO ACIMA DO CONTROLE DE TRUMP…

INTERNACIONAL

Os “inocentes” úteis da esquerda reformista não acreditam mais em conspirações do imperialismo ianque, para estes midiotas os únicos “conspiracionistas” existentes no planeta são exatamente aqueles que corajosamente denunciam as operações (políticas, econômicas e militares) do Deep State, o que inclui os Marxistas Leninistas da LBI. Entretanto a realidade mundial da luta de classes passa bem longe dos “desvarios democráticos” desta exquerda domesticada pelo capital financeiro. Um exemplo concreto do que afirmamos é o banco de dados das subvenções concedidas pelo National Endowment for Democracy (NED), que aliás foi desativado do site oficial no último verão. Porém até recentemente, os internautas visitantes podiam consultar registros detalhados de projetos e ONGs financiados por fundos imperialistas em determinados países. Agora com Trump na Casa Branca, todos os vestígios da política externa dos EUA começaram a “desaparecer”.

Até mesmo muitos “especialistas” em geopolítica tratam a figura do presente dos EUA como “o homem mais poderoso do planeta”, mas não é bem assim! No interior do próprio regime político estabelecido pelo imperialismo ianque, o ocupante de turno da Casa Branca têm apenas acesso ao “Nível 3” das decisões estratégicas de Estado, ficando assim dois níveis abaixo na hierarquia final de mando dos EUA. Nem mesmo o conhecimento dos arquivos secretos da CIA sobre suas pesquisas e “descobertas” acerca dos Ovinis, o presidente dos EUA tem o direito legal. Se o Deep State tem até autonomia operacional e política de assassinar o presidente da república (John Kennedy), somente tolos podem supor que está submetido a Casa Branca.

Voltando ao NED, os subsídios gerados para a Geórgia, retrataram esforços para desencadear uma “revolta colorida” contra o governo pró-Kremlin. Do antigo portal restam apenas declarações oficiais: “O cerne do trabalho do NED na região do Cáucaso é garantir que as populações locais tenham acesso a informações objetivas. Em toda a região, os atores governamentais estão tentando limitar a disseminação de informações e a comunicação online para os cidadãos”. Governos nacionais que não seguem os Estados Unidos desinformam, o papel dos Estados Unidos é dizer-lhes “a verdade”, resume o NED, cuja função era tornar público o que a inteligência norte-americana permitia, ou seja, mostrar a ponta do iceberg. Hoje tudo voltou a ser clandestino, como há 40 anos.

O NED foi fundado em novembro de 1983, depois que a CIA se envolveu em uma série de escândalos políticos. Seu objetivo era legalizar as atividades tradicionais de interferência internacional da CIA em plena luz do dia. Então o modelo a seguir foi a Polônia. Desde então, o NED financiou inúmeros grupos de oposição, meios de comunicação e sindicatos com milhões de dólares para propaganda e mobilização política, a fim de perturbar, desestabilizar e desalojar regimes “inimigos” ao redor do mundo.

Após o colapso da URSS, o NED não diminuiu suas atividades, continuou sua tarefa de derrubar governos nacionalistas burgueses de maneira aberta. Em muitos casos, os principais meios de comunicação publicaram reportagens detalhando a operação. Em novembro de 2004, lacaios treinados e financiados pelo NED deram um primeiro golpe de Estado na Ucrânia para instalar seus fantoches. Como o o jornal The Guardian relatou alegremente: “Toda a operação foi projetada pelos norte-americanos e constituiu um plano brilhantemente elaborado com a marca ocidental, seguido repetidamente ao longo do novo milênio para derrubar governos adversários”.

Em fevereiro de 2014, o governo ucraniano foi mais uma vez vítima de um segundo golpe de Estado orquestrado pelo NED. A mídia escondeu o papel dos EUA na gênese da ”revolta colorida“ porque era supostamente “Uma teoria da conspiração”.

A cortina que caiu sobre a distribuição de dinheiro dos imperialistas ianques aos seus lacaios locais, além de ser um sinal de fraqueza dos EUA, representa um retorno aos velhos métodos “conspirativos” da Guerra Fria.