DIANTE DO BÁRBARO ASSASSINATO DE LIDERANÇAS CAMPONESAS PELO LATIFÚNDIO: ORGANIZAR A AUTODEFESA ARMADA DO PROLETARIADO AGRÁRIO!

NACIONAL

Os corpos de Valdir Nascimento e Gleison Barbosa, integrantes do assentamento Olga Benário, do MST, em Tremembé, no Vale do Paraíba (SP), assassinados na noite da última sexta-feira (10/01) foram velados na manhã deste domingo (12/01). A execução covarde das lideranças camponesas, Valdirzão , Gleison e Denis Carvalho, em num operativo típico das hordas paramilitares dos latifundiários, comprova que a luta pela terra entrou a uma nova fase no governo burguês da Frente Ampla, que vem patrocinando o agronegócio como principal vetor econômico do Estado brasileiro. Os paramilitares entraram no assentamento dispostos a executar tantos quanto fossem necessário, segundo relatos, todos os tiros foram na cabeça, e depois de haver matado os dois camponeses e ferido outros (um deles que veio a morrer no hospital), ainda realizaram buscas no entorno para eliminar testemunhas. A área rural é alvo de especulação fundiária há algum tempo.

Supor que o governo do pelego Lula, protetor da burguesia agrária, possa oferecer segurança às massas camponesas é, no mínimo uma política criminosa para incentivar as milícias armadas do latifúndio. Este governo petista retornou ao Palácio do Planalto para impulsionar justamente a recolonização do país, tendo como “carro chefe” a exportação das comodities agrícolas.

Através do Congresso Nacional, o latifúndio controla este governo submisso ao imperialismo. A economia capitalista nacional centrada no agronegócio por escolha política do governo da Frente Ampla, também reforça a força dos latifundiários no controle das instituições estatais. Lula estimula o latifúndio a expulsar as massas de suas terras de formas cada vez mais violentas, ao mesmo tempo em que faz apoio do pacifismo e do desarmamento do proletariado rural.

O governo petista não fez nada, e nem fará, pela falida reforma agrária. Lula fechou posição com o agronegócio, sendo cúmplice das hordas paramilitares. Os camponeses devem organizar sua própria autodefesa armada, sem nenhuma ilusão nos organismos de repressão do Estado capitalista, na perspectiva histórica de combater pelo avanço da Revolução Agrária.