O HAMAS SAIU FORTALECIDO MAS A GUERRA CONTRA O SIONISMO ESTÁ LONGE DE ACABAR: SÓ CHEGARÁ AO FIM COM A DESTRUIÇÃO TOTAL DE ISRAEL!

INTERNACIONAL

Pouco depois que o “cessar-fogo“ entrou em vigor no último domingo, combatentes armados e uniformizados do Hamas apareceram em veículos dirigindo pelas ruas devastadas de Gaza em comemoração a derrota histórica de Israel. Membros de uma unidade de elite do Hamas vestidos com uniforme completo na Praça Al Saraya, na Cidade de Gaza, durante a transferência de reféns. Foi um “lembrete” para os sionistas de que o Hamas e seu braço armado ainda estavam alí 15 meses depois de Israel ter prometido aniquilar suas forças. É evidente que o gabinete de Netanyahu, forçado a firmar a trégua e desmoralizado em todos os flancos judeus, prepara uma “vingança” letal contra o conjunto do Eixo da Resistência Árabe, Palestina e Persa. A guerra contra o sionismo está longe de acabar, só chegará ao fim com a destruição total do enclave de Israel e a instauração de uma Palestina Soviética.

Os combatentes das Brigadas Al-Qassam apareceram ao mundo em uniformes “impecáveis” e equipamentos militares completos no norte da Faixa de Gaza, justamente a região que sofreu o maior impacto da guerra. Ficou cristalino que a retenção de prisioneiros judeus pela Resistência Armada parece totalmente justa à luz da experiência na guerra de 2009, que terminou com um acordo de troca em 2011, e depois na guerra de 2014, quando manteve quatro prisioneiros que o exército sionista ocupante estava incapaz de alcançar, representando um sucesso repetido em uma perspectiva de segurança e inteligência. Mas nenhuma das experiências da Resistência Palestina em suas guerras anteriores foi parecida com esta, na qual o exército de ocupação sionista usou os mais modernos sistemas ocidentais de vigilância, rastreamento e bombardeios, recebendo a colaboração direta de agências de inteligência norte-americanas e britânicas. Além disso, lançou centenas de toneladas de explosivos em 90% das casas da Faixa de Gaza, especialmente nas áreas ao norte do vale.

A Resistência Palestina foi tão impactante e popular no cenário da entrega de três prisioneiros israelenses, exibindo uma grande capacidade política e um poder militar diante do terceiro exército mais equipado do planeta, que o fato terá repercussões históricas no “conflito de narrativas” do vencedor e do vencido com o governo de ocupação sionista e suas instituições de segurança desmoralizadas. O que foi ainda mais “duro” para o consórcio mundial da mídia corporativa “engolir” foi a visão de milhares de palestinos deslocados, cujas casas foram destruídas pela guerra e que perderam seus entes queridos, cercando os combatentes do Hamas e passando horas tirando selfies com eles, enquanto os dirigentes da Resistência Armada eram levados pelos ombros em uma demonstração inequívoca de apoio incondicional da população.

Porém é preciso ter claro que se trata apenas de uma trégua militar, e portanto um triunfo parcial e não definitivo para o povo palestino. Israel retomará os bombardeios tão logo quanto possa se recuperar do knockout político, militar e econômico em que o enclave sionista está imerso. Abstrair as lições da vitória significa em primeiro lugar reconhecer a vigência da luta armada e o papel protagonista desempenhado pelo Hamas (por mais divergências estratégicas e programáticas que tenhamos com essa organização revolucionária) no combate pela destruição do “porta aviões” do imperialismo ianque, incrustado bem no centro do Oriente Médio.