O ANÚNCIO DA OCUPAÇÃO TOTAL DA FAIXA DE GAZA PELOS EUA FEITO POR TRUMP: É PARA TENTAR CUMPRIR ACORDOS ANTERIORES JÁ FIRMADOS DE ENTREGAR O GÁS NATURAL DA PALESTINA A UNIÃO EUROPEIA

INTERNACIONAL

O reacionário presidente Donald Trump declarou recentemente que: ”Os Estados Unidos tomarão conta da Faixa de Gaza, enquanto os palestinos que vivem lá serão realocados para a Jordânia ou Egito”. Já reproduzimos no Blog da LBI uma contundente declaração oficial do Hamas e da Jihad Islâmica marcando uma posição de guerra total a mais essa possível “aventura” do imperialismo ianque. Porém mais além do repúdio mundial as intenções coloniais de Trump, demonstrado formalmente até pela Social Democracia e as oligarquias árabes, é necessário compreender o que está por detrás deste anúncio macabro, e que passa bem longe de “intenções imobiliárias” e “construção de resorts de luxo”, como vem noticiando o consórcio mundial da mídia corporativa. Uma das razões mais importantes por trás dessa decisão militar da Casa Branca é o monopólio global da energia. Tanto parte do enclave de Israel quanto toda a Faixa de Gaza têm enormes reservas de gás natural offshore.

Mas Trump precisa agir rápido para aproveitar essa “oportunidade única” aberta ao imperialismo ianque. Há uma corrida louca para expulsar o gás natural russo da Europa e novos fornecedores estão sendo procurados. Chegou a hora de rapinar os recursos naturais da Palestina ocupada pelos sionistas sionistas. Porém o que o deslumbrado Republicano não está levando em conta é a cova em que enfiará os EUA, caso siga adiante com essa ação militar.

Vejamos os elementos econômicos das aspirações de Trump para a Faixa de Gaza. Os principais campos de gás offshore de Israel (Leviathan, Tamar e Dalit) já estão em operação ou sendo explorados pela Chevron e outras empresas petrolíferas israelenses de médio porte, porém dispõe de pouco potencial energético natural. Em 4 de fevereiro, a empresa estatal de energia do Azerbaijão, SOCAR, adquiriu uma participação de 10% no campo de gás de Tamar. Agora pretende anunciar uma parceria de 50% sobre os futuros campos abertos em Gaza.

Três meses antes dos ataques de 7 de outubro de 2023, o Hamas foi sondado pela gerência Biden sobre a possibilidade negociação com os Estados Unidos para permitir o desenvolvimento de um campo de gás potencialmente importante na costa de Gaza. Com a recusa cabal da Resistência, então, três meses após 7 de outubro, Israel concedeu ilegalmente direitos de exploração à Eni (Itália), Dana Energy (Reino Unido), e Total(França) para explorar dentro das fronteiras marítimas da Palestina.

Enquanto a guerra genocida do sionismo em Gaza estava a todo vapor, importantes contratos de desenvolvimentos energéticos na região continuaram a progredir rapidamente. Agora com Trump na condução dos “negócios”, os EUA pretende cumprir os “acordos” firmados com as corporações de energia, já tendo “sinal verde” absoluto crivado pelo gabinete do carniceiro Netanyahu. Como já tínhamos alertado anteriormente, o triunfo da Resistência Armada Palestina com o “cessar-fogo” era apenas temporal, enquanto continuar existindo o enclave sionista, a guerra será permanente, somente a destruição total de do Estado de Israel poderá assegurar a efetiva paz em toda a região.