PETRO ATACA VIOLENTAMENTE O ELN À SERVIÇO DO PENTÁGONO: ACUSA A GUERRILHA COLOMBIANA DE SER “COMANDADA POR NARCOTRAFICANTES”

INTERNACIONAL

O presidente colombiano, Gustavo Petro, declarou que a organização armada, ELN, não é dirigida por comandantes, “mas por aqueles que compram cocaína de origem mexicana”. O pseudo progressista que atua sob as ordens diretas do Pentágono, afirmou na última sexta-feira (07/02) que: “O Cartel de Sinaloa é o atual chefe do Exército de Libertação Nacional”. As declarações de Petro se somam a uma reacionária ofensiva militar contra a guerrilha colombiana, que também atinge milhares de camponeses pobres em regiões do país liberadas pelo ELN. É preciso impulsionar imediatamente uma campanha política internacional em defesa das forças guerrilheiras perseguidas pelo imperialismo e que não aceitaram se render sob as benesses materiais da democracia burguesa. As torpes calúnias lançadas por Petro contra o ELN, são exatamente as mesmas que eram usadas pelos governos fascistas anteriores, do qual o atual presidente colombiano se diz “opositor”.

O governo “progre” colombiano que deu continuidade ao processo de cooptação ideológica e material da maior organização guerrilheira do país, as FARC, na verdade “pariu” uma série de grupos menores e corruptos, que rapidamente se ligaram ao narcotráfico e passaram a atacar militarmente o ELN, uma força de combate que se manteve fiel aos seus princípios programáticos, embora sob a nossa ótica revolucionária equivocados desde sua gênese. Porém nossas profundas divergências estratégicas com o ELN, não nos impede de nos colocar incondicionalmente em seu campo, diante da repressão desferida pelo Estado capitalista, seja qual for o matiz político de quem o esteja gerenciando.

O próprio ELN divulgou sua posição sobre os conflitos na região de Catatumbo(norte colombiano) e as mentiras espalhadas por Petro: “As políticas de ‘paz’ dos sucessivos governos colombianos registraram um novo fracasso, expresso nos resultados do processo levado a cabo com as ex-FARC, que levou o extinto grupo guerrilheiro à derrota política e à sua fragmentação em vários grupos, a maioria dos quais vinculados ao banditismo, ao narcotráfico, ao paramilitarismo e aos órgãos de segurança do Estado”.

Além de acusar a direção do ELN de ligação com o narcotráfico, Petro também afirmou que a guerrilha em sua legítima atividade militar ameaça as lideranças sindicais do país, o que de pronto foi rebatido veementemente pela organização: “Em meio à campanha nacional de mentiras e desinformação orquestrada pela direita, empresas de notícias e setores governamentais contra o ELN, ameaças começaram a circular contra líderes sociais do Sindicato dos Trabalhadores USO e contra líderes camponeses no norte de Tolima. A este respeito, o ELN faz os seguintes esclarecimentos: O ELN não tem uma política de ameaçar, muito menos atentar contra a vida de lideranças sociais, independentemente de sua postura política ou comportamento em relação às suas bases, situações que devem ser resolvidas e analisadas no ambiente de suas organizações sociais”.