O Lambertismo no Brasil, representado pela corrente Lulopetista “O Trabalho” (OT), é a expressão mais aguda de como o arco revisionista tem uma posição calhorda na guerra justa da Rússia contra a OTAN/Ucrânia. Em sua publicação mais recente sobre o conflito os “pilantroskos” de OT lançaram o artigo “Apoio incondicional aos ‘desertores’! Guerra na Ucrânia: cessar fogo imediato, fim da carnificina” (23/01) em que se proclamam neutros e defendem: “Não a guerra! Soberania dos povos!”. Por trás dessa falsa embalagem pacifista está de fato o apoio a OTAN porque exigem que Putin retire todas as tropas militares da Ucrânia na sua guerra legítima de auto-defesa, inclusive das chamadas “Repúblicas Populares” que se incorporaram de forma soberana a Federação Russa, ou seja, os Lambertistas tem a mesma posição do otanista Macron e do imperialismo europeu. Não esqueçamos que o POI francês, responsável pela publicação do Informations Ouvrières (IO), é quem de fato dirige essa corrente revisionista (Acordo Internacional dos Trabalhadores), ou seja, capitula abertamente ao “seu” imperialismo.
Lendo o camaleônico texto de “OT” encontramos essa pérola de cinismo político: “Ao contrário de todos aqueles que, internacionalmente, à direita, à esquerda e à extrema esquerda, pedem que a guerra continue até o ‘triunfo da Ucrânia’, nossa posição permanece inalterada: apoio incondicional aos ‘desertores’ ucranianos e russos! Cessar-fogo imediato para pôr fim à carnificina sangrenta!”. Qualquer observador atento sabe que a maioria dos “desertores” nesta guerra em curso são homens ucranianos que fugiram do país para não lutar à força contra a Rússia, porém os “pilantroskos” usam essa palavra de ordem distracionista para atacar Putin, alegando que ele promove uma “carnificina sangrenta” na região em guerra.
“Esquecem” esses canalhas que a Rússia trava uma guerra justa em sua fronteira contra o cerco da OTAN desde 2022, que após o golpe “Maidan” de 2014 promovido com o apoio da USAID e CIA, armaram o país para atacar as regiões fronteiriças que se ligaram soberanamente a Federação Russa e promovem atentados terroristas em Moscou.

Quem ler o Informations Ouvrières do POI francês vê estampado a chamada: “Nenhum apoio a Trump, OTAN, Zelesky e muito menos a Putin e Macron!”. Esses falsos “isentões” são na verdade pilantras pró-imperialistas porque seu chamado ao “Fim da Guerra!” tem como base a derrota militar da Rússia, com a retirada de suas tropas!
Os Lambertistas reivindicam “O fim da guerra na Ucrânia e por uma paz sem anexações”. Como podemos ver essas linhas são uma cópia bastarda da mesma política da OTAN que exige a retirada imediata das tropas russas, por essa razão Biden e a União Europeia financiaram com armas e bilhões de dólares o governo fantoche da OTAN na Ucrânia contra a Rússia, nação que leva uma guerra defensiva justa frente ao certo imperialista.
A defesa enfática da “paz” na guerra da Ucrânia não passa de um chamado dissimulado para a rendição total da Rússia, nos marcos dos “Acordos de Minsk”, impostos pela OTAN em 2014 no curso da chamada “Revolução Colorida”. Nesse campo político e militar, um amplo setor da esquerda revisionista (pseudo trotskysta) disfarçados sob a bandeira da “Paz na Ucrânia” estão na prática na trincheira da derrota militar da Rússia, como é o caso das correntes como “OT”, “Esquerda Marxista” e “POR”, promotoras do slogan “Fim da guerra sem anexação russa dos territórios ocupados”.

Ao contrário dos revisionistas do “OT” e de seus “admiradores” no Brasil (formado por pseudo-intelectuais pequeno-burgueses) defensores que tal grupo Lulopetista degenerado e pró-imperialista é “coerente e com análises interessantes sobre a luta de classes mundial”, os Marxistas Leninistas da LBI não dissimulam sua genuína política internacionalista proletária: não somos defensores da “Paz dos Cemitérios” para as Repúblicas independentes de Donetsk e Lugansk, não advogamos pela entrega da Crimeia aos fascistas de Kiev patrocinados pela OTAN, combatemos sim pela vitória militar das forças armadas da Rússia sobre o imperialismo, lutamos pela derrota dos carniceiros da OTAN e do marionete neofascista de Zelensky!
Os “pilantroskos” Lambertistas rompem mais uma vez com o legado de Lenin e Trotsky que prega se colocar incondicionalmente ao lado da nação oprimida (Rússia) contra a ofensiva militar do imperialista (OTAN), se posta em defesa da falsa neutralidade que favorece as grandes potências capitalistas. A palavra de ordem de “Não à Guerra” levantada por “OT” é uma fraude pacifista porque patrocina ilusões de que poderia haver uma solução justa para a guerra sem a luta revolucionária para derrotar militarmente a OTAN.