Em uma etapa histórica onde a exquerda domesticada pelo capital financeiro jura absoluta lealdade as instituições do Estado capitalista, como no Brasil onde o venal STF se transformou em um “baluarte democrático” para esta escória reformista, saudamos com bastante júbilo a ação dos dirigentes do Estado Operário Coreano em confiscar compulsoriamente 1,4 bilhão de dólares em criptomoedas, diretamente os computadores de grandes corporações financeiras, que sobrevivem no planeta as custas da especulação bursátil e do rentismo. A operação da Coréia Popular envolveu a “Bybit”, uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo, e que foi vítima de um hack de US$ 1,4 bilhão, o maior valor já arrecadado na história de ataques a ativos financeiros digitais.
O “ataque pirata” foi realizado por um grupo de hackers norte-coreano que opera como o nome de Lazarus, e que está por trás de vários grandes confiscos cibernéticos nos últimos anos, incluindo a expropriação de US$ 620 milhões em 2022 da rede Ronin.
A invasão aos “cofres” digitais ocorreu quando a Bybit estava fazendo uma transferência de criptomoeda entre uma “carteira fria” e uma “carteira quente”, com o objetivo de cobrir as transações diárias da plataforma. Um invasor coreano conseguiu explorar uma falha de segurança e transferiu os fundos para um endereço desconhecido.
Em resposta ao ataque, a empresa financeira está pedindo a especialistas que tentem recuperar os fundos e promete uma recompensa de 10% do valor recuperado, ou seja, um valor total de 140 milhões de dólares. A “Bybit” tem mais de 60 milhões de usuários e é a segunda maior plataforma de câmbio de criptomoedas do mercado global. Agora, a empresa tem que lidar com uma onda enorme de retiradas de 350.000 usuários, o que causou atrasos no processamento de transações.
Em 26 de fevereiro, o FBI norte-americano confirmou que Lazarus, também conhecido como APT38, estava por trás do ataque. A análise dos hackers mostra que as mesmas carteiras usadas no hack da “Bybit” foram usadas em um ataque anterior contra a plataforma Phemex em janeiro.
Perseguida pelo governo norte-coreano, o Lazarus é uma unidade de elite conhecida por seus ataques cibernéticos sofisticados, incluindo expropriações em massa de criptomoedas para financiar importações, já que o bloqueio econômico imperialista contra o Estado Operário Coreano o impede de acessar transações em dólar e outras moedas internacionais.