8 DE MARÇO: LULOPETISMO E BOLSONARISMO, INIMIGOS DA LUTA DAS MULHERES TRABALHADORAS! ABAIXO O IDENTITARISMO! POR UM FEMINISMO CLASSISTA E REVOLUCIONÁRIO!

NACIONAL

Neste 8 de Março, dia internacional de luta das mulheres trabalhadoras, devemos deixar bem claro que lutamos contra o capitalismo e seus gerentes de plantão. Lula assim como era Bolsonaro, são inimigos da luta das mulheres operárias e camponesas porque ambos são representantes da classe dominante. De um lado, o PT e a Frente Ampla defendem o feminismo burguês que subordina nossa luta aos capitalistas… de outro o reacionário Bolsonaro e seu clã se postam contra qualquer conquista das mulheres proletárias. Janja Lula da Silva, a “primeira-dama” deslumbrada que personifica o feminismo burguês inimigo da luta pela revolução mundial e, portanto, do combate das mulheres trabalhadoras! Por sua vez, Michelle Bolsonaro representa a extrema-direita reacionária. Lulopetismo e Bolsonarismo são “duas faces da mesma moeda”, ambas representam a burguesia, que tem interesses opostos aos dos trabalhadores e das trabalhadoras!

O feminismo burguês tenta colocar este dia como conciliação de classes, falam que hoje a mulher independente de sua classe social conquistou sua liberdade e seu espaço social no mercado capitalista. Mas de que liberdade e espaço estão falando? E para quem? Para a maioria das mulheres trabalhadoras a situação de vida continua sendo cada vez de maior opressão, miséria e exploração, junto da maioria que compõem sua classe, a dos pobres, proletários, operários e camponeses. Em homenagem as mulheres operárias e camponesas de todo mundo, desde as mulheres palestinas de armas na mão contra o sionismo, que sem as quais seria impossível o combate anti-imperialista e também às bravas jovens brasileiras operárias, estudantes e camponesas que se colocam na linha de frente da luta em nosso país contra o governo burguês da Frente Ampla.

As camaradas marxistas revolucionárias da LBI reafirmaram em luta este o 8 de Março como um dia de combate da mulher proletária contra a opressão e a exploração capitalista, em defesa da revolução proletária mundial e da construção do partido revolucionário leninista!

O combate pelo socialismo, pelos direitos da classe trabalhadora, a luta contra o patriarcado da burguesia e o capitalismo, cujos mecanismos estão perfeitamente articulados entre si no modo de produção e reprodução do capital, são levantados pela LBI neste comemorações do 8 de Março!

Não esqueçamos que a dirigente comunista Clara Zetkin propôs a comemoração na conferência internacional de mulheres socialistas em 1910, para homenagear a luta das mulheres proletárias contra a exploração capitalista. É lembrado o assassinato, pelas mãos da Grande Capital, de 129 trabalhadoras em greve queimadas vivas em uma fábrica de tecidos nos EUA, os donos da fábrica fecharam as portas com as operárias dentro e atearam fogo para fazê-las queimar (como uma medida “dissuasiva” para evitar que outros trabalhadores sigam seu exemplo de luta).

O combate pelo socialismo, pelos direitos da classe trabalhadora, a luta contra o patriarcado da burguesia e o capitalismo, cujos mecanismos estão perfeitamente articulados entre si no modo de produção e reprodução do capital, são a razão das comemorações do 8 de Março!

O 8 de Março também foi marcado como uma data eminentemente revolucionária pelos acontecimentos de 8 de março de 1917 na Rússia czarista, milhares de mulheres foram às ruas clamando por seus direitos, contra a exploração e as guerras que a burguesia impôs ao povo, as mulheres detonaram o estopim da Revolução de Outubro. Após a revolução de outubro, e a instauração da URSS as mulheres conquistaram seus direitos econômicos, sociais, sexuais e reprodutivos, o direito de votar para todas as mulheres (não apenas para os proprietários como na Grã-Bretanha), o direito ao divórcio, o direito ao aborto, plenos direitos de estudar e garantia de trabalho, moradia, saúde e educação, etc.  Todos esses direitos ainda hoje são palco de muita luta na grande maioria dos países capitalistas.

As mulheres trabalhadoras somos a parte mais atingida da classe explorada. Somos vítimas das guerras imperialistas, da pilhagem capitalista que empobrece regiões e países inteiros, das privatizações e da precariedade, e também somos vítimas do machismo burguês incessantemente promovido pela mídia corporativa e por toda a indústria cultural do capitalismo. 

Exatamente porque o capitalismo se sustenta fragmentando e dividindo a classe explorada, é por isso que a indústria cultural do capitalismo difunde incessantemente as ideias do identitarismo, um mecanismo de tentar dissolver as contradições frontais entre as classes.

Somos as trabalhadoras exploradas estudantes, artistas, desempregadas e aposentadas que estão sendo privados de uma vida digna, às vezes até de alimentação, moradia, acesso à saúde, acesso à educação, etc. Estamos privadas de condições de trabalho decentes e de remuneração pelos capitalistas que tiram a mais-valia do nosso trabalho. Nós somos as mães cujo trabalho em casa não é reconhecido, aquelas que ficam na precariedade absoluta e sem pensão.  Somos mulheres migrantes levadas a sofrer as piores explorações: em máquinas de horror, borrifadas com veneno na agroindústria, condenadas à exploração da prostituição ou a serem objetivadas e saqueadas como “substitutas”.

Nós somos as meninas estupradas e forçadas a dar à luz.  Somos designadas por este sistema do capital como alvo das frustrações aberrantes que este regime provoca, e da misoginia que fomenta. É por isso que o feminicídio galopa, porque a mídia banaliza a tortura e toda discriminação alienante funcional ao capitalismo, porque a violência exercida de forma estrutural arrasta seu ódio contra nós. Somos vítimas do capitalismo e de sua barbárie, vítimas do machismo que o próprio capital promove, inclusive no seio das próprias mulheres. Entretanto também somos mulheres lutadoras e revolucionárias, uma vanguarda consciente que combate pelo fim da exploração do capital!

Os Marxistas Revolucionários compreendem o combate contra a opressão da Mulher como parte da luta da classe trabalhadora contra os capitalistas, para liquidar o modo de produção burguês na senda da Ditadura do Proletariado e não “apenas” como uma questão de gênero. Nos opomos pelo vértice a ideologia pequeno-burguesa do “empoderamento feminino” dentro do capitalismo e como forma de “democratizar” as instituições senis deste regime político, como vem apregoando a esmagadora maioria da “esquerda” reformista e mesmo aqueles que se proclamam revolucionários. As trabalhadoras, ao lado de seus irmãos de classe devem unir-se por seus interesses históricos e imediatos, que não estão limitados a questão de gênero ou sexo mas sim aos seus objetivos estratégicos socialistas enquanto trabalhadores e oprimidos pela classe dominante.