Para o ódio do reformismo oportunista e do identitarismo , foi a militante comunista Clara Zetkin que propôs no Segundo Encontro Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague, em 1910, comemorar um “Dia Internacional da Mulher Trabalhadora”, em um ato de solidariedade internacional com os delegados dos Estados Unidos que haviam homenageado a heróica greve das trabalhadoras têxteis em 1910 como um Dia da Mulher Proletária nos EUA, que começou a ser comemorado em março de 1911.
Já em 1911, um milhão de homens e mulheres proletárias saíram às ruas no 8 de Março, na Europa e também nos Estados Unidos. Em 1915, deflagrada a Primeira Guerra Mundial, Clara organizou em Berna (Suíça), um congresso internacional de mulheres contra a guerra imperialista, denunciando a traição da Social Democracia alemã que decidiu apoiar a nação germânica no reacionário conflito das potências capitalistas internacionais.
Clara Zetkin rompeu com o Partido Socialista para ingressar na fundação do Partido Comunista Alemão, tornando-se uma referência política importante na superação da Segunda Internacional. Admiradora de Lenin e amiga inseparável de sua camarada Rosa Luxemburgo, Clara teve a honra de presidir (devido à sua idade) o parlamento alemão no dia em que foi instalado com maioria de vários deputados nazistas e que ela enfrentou de punhos erguidos. Clara morreu em 1933 com todas as honras comunistas na União Soviética.
