O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) divulgou nesta quarta-feira (19/03) que decidiu, por unanimidade, elevar a Selic (taxa básica de juros da economia) em mais 1 ponto percentual de 13,25% para 14,25%, aumentando o arrocho monetário sobre os trabalhadores e o consumo das famílias, com os lunáticos juros escorchantes ordenados pela dupla Lula&Galípolo entre os mais altos do mundo. Esse é o quinto aumento consecutivo da Selic desde setembro de 2024 e a taxa de juros mais alta desde 2015. Agora não restou para o governo burguês neoliberal da Frente Ampla nem mesmo a desculpa do “bode expiatório” Roberto Campos, a jogatina financeira em favor do rentismo tem 100% de DNA do lulopetismo…
Desde janeiro deste ano, o Copom conta com a maioria da diretoria e com o presidente do BC, Gabriel Galípolo, indicado pelo pelego neoliberal Lula. Sem mudança na rota da política monetária do BC, o próprio mercado financeiro espera que a Selic atinja os 15% em dezembro deste ano. Porém o que é mais sórdido desta política antipopular do governo petista burguês é afirmar que a “culpa” da elevação astronômica da taxa de juros ainda é do antigo presidente do BC, Campos Neto, que teria “contratado” previamente a sequência de aumentos da Selic. Uma declaração que agride a inteligência do povo brasileiro, própria de bandidos lulopetistas que na verdade são estafetas dos grandes rentistas globais.
Para termos uma breve noção da disposição da dupla Lula&Galípolo em favorecer a acumulação do capital financeiro, a cada 1 ponto percentual acrescido no nível da taxa Selic, gera-se um aumento de R$ 50 bilhões na dívida bruta do governo geral ou de R$ 55 bilhões na dívida líquida do setor público, em números arredondados.
No acumulado nos 12 meses até janeiro, o gasto do setor público (União, Estados/município e estatais) com os juros da dívida foi de R$ 910,9 bilhões. Isso significa que a transferência de renda de todos os trabalhadores, via juros, para os banqueiros nacionais e rentistas globais, além dos demais especuladores da dívida pública, foi elevada em R$ 165 bilhões, em relação ao mesmo intervalo de tempo do ano anterior (R$ 745,9 bilhões). Portanto não é nenhum exagero nosso afirmar que este governo burguês da Frente Ampla é um verdadeiro prostítulo estatal para o capital financeiro internacional.