CRISE ARGENTINA: ABAIXO MILEI&BULLRICH E TODO O REGIME DE REPRESSÃO POLICIAL E MILITAR! POR UM GOVERNO REVOLUCIONÁRIO DOS TRABALHADORES!

INTERNACIONAL

A mobilização do último 12 de março em apoio aos aposentados foi mais que eloquente, a repressão da forcas de segurança liderada pela neofascista Bullrich foi com uma crueldade raramente vista na Argentina, dezenas ficaram feridos e centenas foram presos, entre eles, até adolescentes que saíam da escola. O caso mais grave foi o jornalista Pablo Grillo, cuja vida ainda corre risco. Mas ele não foi o único; vários foram registrados em vídeo, como o da aposentada Beatriz Blanco, de 81 anos, que caiu no chão após ser brutalmente atacada por um policial federal. Vivenciando esses acontecimentos, houve um sentimento popular unânime: Abaixo o governo Milei&Bullrich, e todo o regime de repressão policial e militar assassino!

A ofensiva repressiva do governo neofascista teve como objetivo quebrar a mobilização espontânea de milhares de ativistas, para que as massas não ousassem combatê-lo Essa espontaneidade potencialmente revolucionária é a mais perigosa para o regime burguês porque escapa ao controle do aparato burocrático político e sindical, que é o que retém a luta proletária e a mantém dentro dos canais institucionais da democracia burguesa. Mas essa força da classe trabalhadora que tende a ultrapassar o controle burocrático deve ser organizada na base, em fábricas e outras estruturas laborais , bairros populares, hospitais, faculdades e escolas.

Peronistas e a esquerda reformista (FIT) falam contra a repressão do governo fascista de Milei, mas não afirmam a luta para derrubar o regime burguês em seu conjunto, a razão é óbvia: são parasitas materiais da institucionalidade democrática.


A repressão policial e militar aos ativistas operários e populares na Argentina, não começou durante a ditadura dos generais golpistas em 1976, ela já vinha ocorrendo anos antes com a chamada “Tríplice A”, organizada pelos próprios governos “nacionalistas” de Perón e Isabelita , cujas gangues assassinas eram recrutadas no interior da burocracia sindical.

Democracia e ditadura policial militar são as duas faces políticas do Estado capitalista. A classe dominante as utiliza conforme a correlação de forças entre as classes para manter a exploração dos trabalhadores. Quando o engano “democrático e eleitoral“ não é suficiente para submeter o proletariado a inação, impõem-se cada vez mais elementos ditatoriais, como a repressão aberta.

Os Marxistas Leninistas defendemos todos os direitos democráticos formais, incluindo as mais amplas liberdades democráticas de organização política, simplesmente porque ajudam os trabalhadores a se manifestarem mais facilmente. No entanto, sustentamos que, sem mudar radicalmente a estrutura produtiva da sociedade, esses direitos democráticos sempre serão restringidos na prática, inclusive em nome do “sagrado estado de direito”. Portanto os chamados “libertários” e seus opositores “sociais democratas”, sempre estarão juntos no final para combater a revolução socialista.