CRISE NO CORAÇÃO DO REACIONÁRIO GOVERNO ERDOGAN: POLÍCIA TURCA PRENDE MAIS DE MIL ATIVISTAS EM CINCO DIAS CONSECUTIVOS DE PROTESTOS NO PAÍS

INTERNACIONAL

Grandes protestos e marchas multitudinárias contra a prisão política de Ekrem Imamoglu, o popular prefeito de Istambul e principal rival político do reacionário presidente Recep Tayyip Erdogan, continuaram pelo quinto dia consecutivo no domingo, apesar da enorme repressão e brutalidade policial. Apesar da repressão militar aos protestos e da prisão de mais de 1.100 ativistas da oposição, os manifestantes antigovernamentais turcos continuam nas ruas e declaram guerra ao “sultão Erdogan”, o falso antissionista que fornece armas a Israel e ao novo governo terrorista da Síria.

O governo Erdogan estendeu até o próximo dia 26 a proibição de manifestações, na prática corresponde a decretação de um “estado de sítio“, na realidade já derrubado nas ruas pelos protestos em massa de trabalhadores e estudantes, apesar da violenta repressão desencadeada. Em cidades como Ancara, Istambul e Izmir, panelaços foram ouvidos à noite, apesar das declarações dos organismos de segurança de que não seriam toleradas tentativas da oposição de “semear o caos” nas ruas das cidades. Nas principais universidades turcas, os estudantes se mantêm em vigília. Os protestos se sucedem em frente à prefeitura.

A Turquia é o país europeu de maior desigualdade de renda. Em 2024, o PIB cresceu 3,2% enquanto a inflação real chegou a 47%; também foi um dos recordistas de juros altos no planeta.

O salário mínimo em janeiro foi “modestamente” reajustado para 22.104 liras, equivalente a 621 dólares, um valor muito baixo para os padrões europeus, embora bem maior do que o salário de fome do governo Lula. Quando o novo salário mínimo foi anunciado, o prefeito que agora está preso postou no X(antigo Twitter): “O governo zombou oficialmente dos 9 milhões de trabalhadores com salário mínimo e suas famílias – 22.104 liras não são suficientes nem para um mês de aluguel em Istambul”. Esta declaração deixou Erdogan furioso.

Desde 2003, Erdogan comanda a política burguesa turca, primeiro como Primeiro-Ministro (até 2014), e depois como presidente da nação muçulmana. Sob seu comando, a Turquia tem atravessado uma trajetória de colaboração militar direta com o sionismo, assim como reforçando a maior base logística da OTAN em toda região da eurasia.