DE 1964 a 2025, 61 ANOS DE VÁRIAS TENTATIVAS REAIS E UM GOLPE DE ESTADO BEM SUCEDIDO: EM 2023 OCORREU UM GOLPE DO LULOPETISMO CONTRA OS “CRÉDULOS” MIDIOTAS QUE AINDA INSISTEM EM ASSISTIR A MAFIOSA REDE GLOBO

NACIONAL

No dia primeiro de abril, ano 1964, após uma capitulação vergonhosa do governo nacionalista burguês de João Goulart, os generais golpistas do Alto Comando das Forças Armadas, tutelados diretamente pelo Pentágono, enfim ocuparam o Palácio do Planalto logo depois da covarde fuga de Jango para Porto Alegre. Era a finalização militar de um longo processo de tentativas reais de golpes de Estado, que vinham permeando a conjuntura nacional desde o “suicídio” forçado de Getúlio Vargas. Ocupando a chefia do governo central, estava a figura “furtiva” de um ex-ministro da confiança pessoal de Jango, o general cearense Humberto Castelo Branco, que foi escolhido pela Casa Branca para gerenciar a colônia brasileira desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1945), onde comandou a FEB e já batia continência para o general ianque MacArthur. Porém também os governos da Ditadura Militar sofreram tentativas reais de golpe de Estado. Esse episódio ocorreu em 1977 na sucessão do então presidente Ernesto Geisel, quando seu ministro do Exército, general Sylvio Frota, marchou com uma tropa de blindados e cobertura de aviões de combate, para ocupar “pela força” o Palácio do Planalto. Sem o apoio do Pentágono, e logicamente por consequência também do Alto Comando tupiniquim, Frota foi facilmente desarmado e seu motim militar não passou de um rápido tiroteio desigual na praça dos “Três Poderes” em Brasília.

Em 1978 outro gorila assume a condução do regime militar, João Figueiredo, dando início ao processo político da “Abertura Lenta e Gradual”, o que incluiu uma Anistia Ampla a todos os exilados e presos, e que culminou com a volta das eleições diretas para os governos estaduais em 1982 e prefeituras das capitais no ano de 1985. Vitorioso no Colégio Eleitoral, no início deste mesmo ano, Tancredo Neves não assumiu a presidência da república, ato previsto para março de 1985. Foi morto no hospital por uma conspiração militar com a justificativa de “uma sucessão de erros médicos”. Afinal o Alto Comando, seguindo as ordens do Departamento de Estado dos EUA, preferia entregar o governo para seu vice, Sarney Filho, membro da então “Frente Liberal”, partido criado com próceres da antiga Arena, legenda eleitoral da Ditadura. O Mdbista mineiro Tancredo Neves teve o mesmo destino trágico dos ex-presidentes Jango e Juscelino Kubitscheck, ambos assassinados pela CIA, que utilizava métodos não “ortodoxos” para simular “acidentes” e “doenças fatais”.

Entretanto destes fatos históricos a exquerda reformista nada fala ou ao menos registra em seus anais políticos. Para essa escória da Social Democracia, legítimos papagaios da CIA, tudo isso não passa de “teoria da conspiração”. A única “lembrança” histórica do lulopetismo diz respeito ao dia 08 de Janeiro de 2023, onde foi realizado um verdadeiro golpe ficcional, fabricado para dar sustentabilidade ao governo neoliberal da Frente Ampla burguesa, contra a os “crédulos“ midiotas, que ainda insistem em assistir e crer nos mafiosos canais “jornalísticos” da famiglia Marinho.

Alguns “historiadores” apologistas da Frente Ampla burguesa, lulopetistas ou não, podem mencionar o apeamento da presidente Dilma Rousseff em 2016 como um “bom exemplo” de golpe de Estado, dizendo que fomos omissos deste fato em nossa “lista de golpes” deste artigo. Duas questões chaves sobre o impeachment de Dilma devem ser afirmadas para a ciência da história: 1) Foi um golpe institucional, parido no Congresso Nacional, não representou um golpe de Estado, apenas acrescentando elementos bonapartistas no bojo das características mestras do regime político vigente. 2) teve a participação indireta de quadros dirigentes do próprio PT, que estavam profundamente descontentes com o rumo “dilmista” do governo da Frente Popular.

Posto essas considerações, podemos concluir programaticamente que um “genuíno” golpe militar, por consequência também golpe de Estado, foi desferido na madrugada do “dia da mentira” em 1964, quando o general Olímpio Mourão saiu com seu pelotão de cavalos do quartel da cidade mineira de Juiz de Fora, em direção ao Maracanã nas imediações do centro do Rio de Janeiro. O governo de Jango caiu tão facilmente como um “castelo de cartas”(nas palavras de Leonel Brizola), forçando o covarde Castelo a sair de um apartamento onde estava escondido em Copacabana e se declarar o novo presidente do Brasil…