NOVA RODADA FRACASSADA DE NEGOCIAÇÕES ENTRE OS EUA E A RÚSSIA NA TURQUIA: FICA CADA VEZ MAIS CLARO QUE TRUMP NÃO CONTROLA O “DEEP STATE”

INTERNACIONAL

A nova rodada de negociações entre as delegações russa e norte-americana foi concluída na quinta-nesta feira em Istambul, o resultado foi um frustrante vazio absoluto de resoluções sobre todos os temas que interessam ao governo Putin, em particular sobre a questão ucraniana. A mídia oficial russa relatou que as negociações com o Departamento de Estado ianque se limitaram a aspectos administrativos, como “normalizar o trabalho das embaixadas dos dois países”, embora o encontro tenha durado mais de cinco horas. Este encontro na Turquia sequer contou a presença da “primeira linha” da diplomacia de ambos países. A delegação russa foi liderada pelo embaixador nos Estados Unidos, Alexander Darchiev, e a delegação norte-americana foi chefiada pela vice-secretária de Estado adjunta para Assuntos Russos e da Europa Central, Sonata Coulter.

Ao assumir a Casa Branca, Donald Trump, intensificou os esforços políticos para estabelecer contatos com Moscou, acenando com uma suspensão da guerra por procuração na Ucrânia. Entretanto no curso dos acontecimentos a “empolgação” inicial do Kremlin foi se desinflando ao perceber que as promessas de um “cessar-fogo” na Ucrânia, feitas pela Casa Branca, sequer eram levadas a sério pelo governo neonazista de Kiev. A realidade concreta dos fatos demonstrou que o reacionário Republicano, apesar de ser o presidente dos EUA, não tem o controle do “Deep State” (nem o local e tampouco o global), e por consequência não detém o comando da OTAN.

As primeiras negociações entre a Rússia e os EUA ocorreram em 27 de fevereiro, também em Istambul. Mas de lá para cá, Trump tem se revelado um grande “bufão midiático”, sendo desmoralizado em cada uma de suas intenções, como se retirar da OTAN, ou impor novas eleições na Ucrânia. No sentido contrário os governos imperialistas da UE vem reafirmando a intenção de ampliar a ofensiva militar contra a Rússia, deixando claro que pelo menos nesse momento Trump está sem o respaldo da Governança Global do Capital Financeiro, que tem no Deep State seu braço de segurança particular, independente dos gerentes estatais de turno.