Após 18 meses de guerra feroz, o enclave terrorista de Israel não conseguiu enfraquecer substancialmente a Resistência Armada do Hamas, que mantém 40.000 combatentes em plena atividade e 75% de seus túneis intactos após os bombardeios sionistas. Além disso conservou sua capacidade de produção de armas praticamente intacta. Isso ilustra não apenas a resiliência da organização popular palestina, mas, acima de tudo, o fracasso retumbante do covarde genocida Netanyahu.
Tel Aviv enfrenta um impasse estratégico em sua guerra contra o Hamas, apesar de um ano e meio de intensa matança e destruição na Faixa de Gaza. De acordo com o próprio jornal israelense Haaretz: “ O Hamas mantém uma capacidade de combate significativa, desafiando as promessas de Netanyahu de destruí-lo”.
Os militares israelenses estimam que o Hamas ainda tenha cerca de 40.000 combatentes, um número equivalente, ou até maior, do que sua força antes de 7 de outubro de 2023. Naquela época, os serviços de inteligência indicaram um contingente armado entre 20.000 e 30.000 homens. Embora tenham causado pesadas perdas (quase 15.000 combatentes mortos, segundo estimativas dos EUA), o movimento da Resistência Palestina conseguiu compensá-las recrutando rapidamente novos militantes.
Mas além dos números, o que mais impressiona é a estrutura material do Hamas. Cerca de 75% de sua rede de túneis, a verdadeira espinha dorsal logística e militar da organização, continua totalmente operacional. Essas galerias subterrâneas, parcialmente intactas apesar das tentativas israelenses de destruí-las, permitem que os combatentes se movam, armazenem armas e resistam a ataques aéreos. Alguns deles ainda continuam conectando clandestinamente a Faixa Gaza ao Egito.
As Brigadas Al Qassam, braço armado do Hamas, também mantêm a capacidade de produzir localmente foguetes e outras armas e munições. Na semana passada, vários projéteis foram disparados contra o território de Israel, ferindo pelo vários colonos sionistas. Esses ataques são um “lembrete” de que, apesar dos bombardeios e incursões terrestres, a heróica organização ainda tem um poder de fogo formidável.
Do lado israelense, os comandantes militares admitem que a maioria dos combatentes do Hamas evita o confronto direto. Eles se escondem em túneis, o que os torna extremamente difíceis de neutralizar. Após 18 meses de combates, o objetivo de Israel de erradicar o Hamas está se tornando cada vez mais difícil de ser alcançado. A organização continua enraizada, estruturada e capaz de resistir a um dos exércitos mais poderosos do mundo. Enquanto isso, Gaza está afundando na desolação, sem perspectiva de alívio ou de uma solução política duradoura. O governo israelense falhou contra o Hamas e agora sua vingança é direcionada exclusivamente contra a população civil palestina.