Como já caracterizamos anteriormente, o expurgo político de Trump está encontrando cada vez mais resistência no interior do Deep State ianque. Um dos braços fortes do apoio de Trump, Elon Musk, no último sábado enviou um e-mail exigindo que diretores de órgãos públicos fornecessem informações sobre suas atividades, mas o Pentágono e outras agências governamentais, incluindo o FBI e a CIA, ordenaram que nenhum de seus funcionários respondessem.
Um alto comandante do Pentágono, Darin Selnick, afirmou que cabe ao próprio órgão avaliar as funções de seu pessoal. Diante de tamanha insubordinação, Trump tratou logo de demitir o graduado general Charles Q. Brown (quatro estrelas), que chefiava as forças armadas dos EUA, porém somente conseguiu encontrar um oficial da reserva para ocupar este posto central do aparelho de segurança militar dos EUA. Quando a questão é o controle da OTAN, o quadro é ainda pior para Trump, que sequer consegue indicar um novo comandante, por se tratar de organização multinacional, apesar da hegemonia histórica total dos EUA.
Apesar da forte resistência do Deep State, o esforço político de Trump para ter um mínimo controle sobre seu próprio governo continua. O reacionário Republicano tenta não ter o “tapete puxado” como aconteceu na sua primeira gerência na Casa Branca, quando além de ter sido feito de marionete, teve sua reeleição descaradamente fraudada.
Não é por acaso que foram justamente os pilares repressivos dos Estados Unidos (exército, inteligência, FBI) que “ousaram“ confrontar as ordens de Trump, apesar de terem seus dirigentes máximos nomeados pelo novo presidente. Acontece que se o “topo” estatal do imperialismo norte-americano está ocupado por “nomes da confiança” de Trump, toda a estrutura dos organismos estratégicos para a segurança e estabilidade da reprodução do capital financeiro, respondem as determinações do Deep State.