O gerente Donald Trump, não descartou reduzir tarifas implantadas recentemente pelos EUA sobre produtos chineses: “É verdade que 145% é muito alto. Não será tão alto”, declarou ontem o presidente ianque durante uma coletiva de imprensa. “Vai cair consideravelmente, mas não será 0%. Costumava ser 0%”. Segundo as palavras do Bufão Republicano: “Seremos muito bons com a China, temos um ótimo relacionamento com o presidente Xi Jinping. Acho que eles ficarão felizes”, concluiu o blefador da Casa Branca. As afirmações de Trump, em meio do que o consórcio mundial da mídia corporativa está chamando de “guerra comercial” que irá abalar as estruturas da Nova Ordem Mundial, deixam claro o caráter totalmente secundário das tarifas alfandegárias (que podem ser revogadas a qualquer momento) no marco do fluxo de capitais financeiros que transitam livremente no planeta, sem “tarifas” algumas. Os grandes fundos rentistas, que governam de fato o mundo, não são norte-americanos ou chinesas, são globalistas apátridas!
Trump, com o suporte dos midiotas da esquerda reformista para sua “tese”, tenta convencer os norte-americanos de que é possível retroceder ao capitalismo mercantil, e que a questão das tarifas alfandegárias ainda são o “centro do universo” das relações econômicas contemporâneas. Vejamos o que declarou o parlapatão direitista: “Até 1913, o sistema era baseado em tarifas e não havia impostos de renda, razão pela qual os EUA se tornaram o país mais rico. De 1870 a 1913, tudo era tarifado, e tínhamos mais dinheiro do que qualquer outro país. Havia comitês para decidir como gastar o dinheiro. Havia tanto dinheiro que não sabíamos como gastá-lo”, concluiu o suposto “idealista” do nacionalismo burguês ianque.
Toda a essência na origem do imperialismo norte-americano, uma espécie de “super Imperialismo” em sua hegemonia econômica e militar do pós guerra, é que os EUA recebeu uma espécie de “almoço grátis”, ou seja, pode imprimir os seus dólares e inundar a economia mundial com sua própria moeda. Este elemento gerou uma expansão ilimitada de capital financeiro (sem riscos de perdas) investido na Ásia, em particular no Japão, Coréia do Sul e em última etapa histórica na China.
Esse “bônus” cambial planetário, monopólio exclusivo dos EUA, acabou se transformando no coveiro da burguesia industrial norte-americana. Com a supremacia absoluta da Nova Ordem Mundial do Capital Financeiro, os grandes rentistas começaram a perceber que não precisavam mais de uma nacionalidade única (EUA) para a potencializar o centro da acumulação capitalista, redesenhando uma nova geopolítica mundial, onde um antigo Estado Operário (China) se converteria no “coração” industrial da Terra e os EUA somente continuaria a ocupar seu papel de “banca financeira” do planeta.
Com esta divisão razoavelmente bem organizada do velho e do novo imperialismo, na tentativa de postergar ao máximo a agonia do modo de produção capitalista no planeta, a classe dominante global dos rentistas não precisaram mais declarar nenhuma fidelidade nacional patriótica aos EUA, e muito menos “companheirismo solidário” para com a decadente burguesia industrial ianque. Por essa razão é inútil a “gritaria” trumpista, e muito em breve cerrará fileiras com a burocracia “comunista” da China, obedecendo as ordens do mesmo patrão: o capital financeiro.