A recente declaração do presidente terrorista sírio, Ahmed al-Sharaa (ex-Jolani), expressando a disposição de seu governo golpista em normalizar as relações com o enclave sionista de Israel e aderir aos “Acordos de Abraão“, marca uma mudança histórica na política externa da Síria, que antes da suposta “revolução” se colocava frontalmente contra o expansionismo judeu. Esta “mão estendida” para o genocida Netanyahu, surge em meio à crescente pressão econômica e diplomática sobre Damasco, e faz parte de um esforço mais amplo do novo governo para uma aproximação efetiva com o imperialismo. A proposta do presidente Ahmed busca institucionalizar a ocupação de longa data de Israel nas Colinas de Golã, um território sírio que Israel ocupa ilegalmente com suas tropas desde 1981.
No entanto, essa inflexão entreguista de Damasco em direção à normalização com o gendarme sionista não está isento de grande resistência das massas árabes que sabem das graves consequências que esta medida pode ter sobre a soberania da nação síria. Durante décadas, a restituição das Colinas de Golã tem sido uma das demandas mais inabaláveis da política externa da Síria, sob a liderança do regime nacionalista de Bashar al-Assad.