O terrorista Abu Mohammad al-Jolani, com absoluta impunidade e com o necessário apoio dos governos imperialistas, se autoproclamou presidente da Síria. Não havia necessidade nem mesmo dos protocolos teatrais das democracias burguesas. Pelo contrário, os países da UE (incluindo obviamente a Social Democracia), somados aos EUA e Israel, começaram a peregrinação a Damasco para ver o que há no botim para ser compartilhado. Ou seja, que negócios podem ser feitos depois da decisão de Jolani para privatizar até a os vasos sanitários dos prédios públicos.
De fato, a televisão estatal síria, SyriaTV, anunciou há algumas horas atrás a nomeação de Ahmed al-Sharaa como o: “Novo presidente constitucional da Síria”. Esta decisão segue o roteiro do golpe de Estado apoiado diretamente pela Turquia e Israel que culminou na derrubada de Bashar al-Assad no início de dezembro. O interessante é que o consórcio mundial da mídia corporativa desta vez não exigiu do novo regime terrorista nenhuma ata formal ou protocolos institucionais para o golpista tomar posse.
Mas não foram somente os diplomatas imperialistas que foram a Damasco “beijar a mão” de Jolani. Também as ratazanas da esquerda revisionista viajaram até a Síria(obviamente passando pelo crivo de Israel e fazendo uma escala “técnica” em Tel Aviv), para receber sua pequena “comissão“ pelo vergonhoso apoio prestado a suposta “revolução” que depôs o governo nacionalista burguês de Assad.
Este é o caso dos morenistas da LIT/PSTU, que em mais de um ano da guerra sionista, nunca se dispuseram a ir na Palestina ocupada prestar solidariedade como o Hamas ou a Jihad Islâmica, ou mesmo ao Líbano apoiar a luta do Hezbollah contra Netanyahu, mas para ir a Damasco prestigiar a instalação estatal fraudulenta do Hayat Tahrir al-Sham (HTS), foram bem rapidinho…e tampouco se envergonharam de sentar ao lado dos sionistas na “festa da revolução”…