As Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk, assim como as regiões de Zaporozhye, Kherson e a Crimeia, são parte integrante da Rússia e este é um fato “inegociável”, declarou o Porta-Voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta quinta-feira(27/02). “Os territórios que se tornaram seções da Federação Russa, e que estão consagrados na Constituição do nosso país, são parte integrante do nosso país, a Rússia. Este é um fato absolutamente indiscutível, um fato não negociável”, afirmou Peskov, refletindo a firme convicção do alto comando militar do Kremlin, apesar dos “vacilos” do presidente Putin, diante do “canto sedutor” do atual gerente da Casa Branca, Donald Trump.
Cedendo as pressões do “mui amigo” Trump, Putin abriu a porta para os líderes europeus participarem das “negociações de paz”. Trump continua afirmando publicamente que o presidente russo aceitou suas condições para por fim a guerra. Em outras palavras, se os governos otanistas europeus se sentarem a mesa das negociações , é porque Moscou permitiu esta perigosa “abertura”, que não é vista com bons olhos pelo alto comando das forças armadas russas.
Sob o novo inquilino, a Casa Branca mudou sua retórica belicista. A guerra na Ucrânia é agora um “conflito” e Zelensky é um “ditador” que deve responder por ter desencadeado e prolongado a ação militar russa. As novas palavras de Trump expressam uma mudança de estratégia, mas somente de um setor do imperialista ianque. O controle geral do império global do capital financeiro, bem mais abrangente do que qualquer governo dos EUA, permanece intacto nas rédeas do Deep State.
É certo que Putin agora tem uma certa divisão dos inimigos do regime russo, muitos analistas políticos na Europa até começam a duvidar que os Estados Unidos mantenham as suas tropas em bases militares no “Velho Continente”. Porém seria um equívoco fatal para Moscou confiar em um poder absoluto que Trump está bem longe de deter em suas mãos, ou seja o bufão Republicano não pode nem mesmo efetivar suas intenções políticas quando estas se chocam com os objetivos estratégicos da Governança Global do Capital Financeiro.
